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Hackers atacam empresas para roubar informações; veja como se proteger

Afonso Ferreira

Do UOL, São Paulo (SP)

01/08/2013 06h00

Sites do governo federal, como a página do MEC (Ministério da Educação) e o Portal da Copa, e até a Microsoft já foram vítimas de ataques de "hackers" somente em 2013. Se grandes empresas que atuam na área de tecnologia e instituições públicas estão vulneráveis, especialistas afirmam que pequenos e médios negócios estão ainda mais expostos.

Para ajudar empreendedores a se protegerem contra invasões de "hackers", o UOL conversou com especialistas e listou algumas dicas e programas úteis para melhorar a segurança da empresa.

Os casos de ataques a PMEs (pequenas e médias empresas) aumentaram 31% em 2012, segundo um relatório da companhia de segurança digital Symantec, feito em 157 países.

De acordo com o mesmo levantamento, no ano passado foram descobertas 5.291 vulnerabilidades –que podem ser novos vírus, links falsos ou programas para roubar informações. Desse total, 415 (7,8%) ocorreram em aparelhos móveis, os smartphones.

“As PMEs são mais vulneráveis porque investem menos em tecnologia. Muitas vezes, elas nem se veem como alvos e só percebem que foram atacadas depois de terem perdas financeiras”, diz o estrategista em segurança da Symantec no Brasil, André Carraretto.

Segundo ele, pequenos negócios são visados por cibercriminosos por serem fontes de lucro imediato e de informações sobre grandes empresas.

“Muitas PMEs são fornecedoras de grandes corporações. Neste caso, elas são apenas vítimas intermediárias, que vão fornecer informações sigilosas ou estratégicas sobre o alvo principal”, afirma.

Smartphones também são alvos de ataques

Empresários e funcionários que utilizam smartphones para acessar e-mails ou dados bancários também se tornaram alvos dos "hackers".

Dicas para evitar ataques 

  • 1

    Manter atualizações

    Antivírus e firewalls devem funcionar sempre com a última versão do software disponível

  • 2

    Excluir e-mails suspeitos

    Mensagens de fontes desconhecidas devem ser excluídas. Links ou arquivos anexos nesses e-mails não devem ser acessados

  • 3

    Checar a fonte

    Se o e-mail vier de fonte conhecida, mas contiver links ou anexos inesperados, vale a pena ligar para o remetente e certificar-se de que a mensagem é segura

  • 4

    Downloads seguros

    No caso dos smartphones, os aplicativos devem ser baixados de fontes seguras, como Apple Store, Google Play e Microsoft Store

  • 5

    Preparar a equipe

    Todos os funcionários da empresa devem ser treinados para seguirem os mesmos cuidados. A falha de um pode fazer a rede toda ser invadida ou infectada

    A empresa pode sofrer danos financeiros ou à imagem ao ter informações sigilosas roubadas, de acordo com o consultor do Grupo F9C, especializado em infraestrutura computacional, Gino Bachega Filho.

    “Quando uma cotação de preço para um cliente vaza para um concorrente, por exemplo, ele pode fazer uma oferta melhor e fechar negócio na frente da empresa que sofreu o ataque”, diz.

    Segundo Bachega Filho, no caso dos smartphones, a maioria dos arquivos e programas maliciosos –os malwares– são originários de downloads em sites não confiáveis.

    Por isso, ele afirma que os aplicativos devem ser baixados de fontes reconhecidas. “As melhores fontes são a Apple Store, para iPhones, o Google Play, para celulares com sistema Android, e a Microsoft Store, para aparelhos com Windows Phone.”

    Ameaças surgem diariamente

    Para o proprietário da M&M Solutions, empresa de suporte em tecnologia, Rogério Monreal Molinari, é quase impossível uma empresa se manter 100% protegida contra ataques de "hackers".

    “A cada dia surge um novo vírus ou uma nova ameaça. Daí a importância de manter antivírus e firewalls (barreiras contra conteúdos maliciosos) sempre atualizados”, declara.

    Molinari afirma, ainda, que o dono do negócio precisa passar os cuidados de segurança para todos os seus funcionários.

    “Mesmo que o empreendedor seja cuidadoso, a rede da empresa pode ser invadida ou infectada por meio do computador de um funcionário. A equipe inteira precisa seguir os mesmos cuidados.”

    Veja programas para proteger sua empresa

    AVG: antivírus para computadores e smartphones. Na versão grátis, protege contra spywares (espiões) e vírus. Na versão paga, a partir de R$ 99,95, oferece firewall, antispam e proteção para rede sem fio (Wi-Fi).

    Avast: antivírus e antispyware (antiespião) gratuito. Na versão paga, a partir de R$ 99, oferece antispam e firewall.

    UOL Antivírus: possui uma versão grátis, que identifica vírus e spywares, e versões pagas, que oferecem firewall, antispam e proteção para downloads. O valor varia de R$ 14,90 a R$ 31,90.

    Kaspersky: antivírus para computadores, tablets e smartphones. Tem uma versão gratuita e outras pagas, que oferecem proteção contra vírus, spywares e firewall. O preço varia de R$ 29,98 a R$ 99,98.

    Norton: antivírus pago. Protege contra vírus, spywares, e arquivos maliciosos transmitidos via Facebook. Tem antispam e firewall. O custo vai de R$ 79 a R$ 101,40.

    UOL Firewall: barreira que identifica e impede invasões ou infecções por conteúdos maliciosos. O custo é de R$ 14,90 para assinantes UOL, e de R$ 16,90 para não assinantes.