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BNDES diz estar 'confortável' em relação à dívida de Eike Batista

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, participa de audiência pública no Senado - Wilson Dias/Agência Brasil
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, participa de audiência pública no Senado Imagem: Wilson Dias/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

27/08/2013 14h32

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem posição "extremamente confortável" sobre as garantias de empréstimos ao grupo EBX, do empresário Eike Batista, afirmou o presidente da instituição financeira, Luciano Coutinho, nesta terça-feira (27).

Coutinho disse também que o equacionamento da dívida da MPX Energia resolve uma parcela significativa do endividamento do grupo EBX com o banco de fomento. A MPX fazia parte do grupo EBX.

Coutinho participa de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para esclarecer os empréstimos do banco às empresas de Eike Batista.

O requerimento para ouvir o chefe do BNDES foi aprovado pela Comissão do Senado antes de os senadores saírem em recesso parlamentar.

O convite tem como base uma reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", em meados de julho, afirmando que o banco de fomento teria adiado prazos de cobrança e alterado exigências em contratos com as empresas do bilionário.

O BNDES rebateu, em comunicado, que tenha concedido vantagens ou tratamento privilegiado nas concessões de financiamento ao grupo de Eike. Segundo o banco, o tratamento dispensado ao grupo EBX "é rigorosamente igual ao dado a qualquer empresa tomadora de crédito no BNDES".

No início de julho, o banco de fomento havia informado que o valor total dos empréstimos contratados com o grupo EBX somava R$ 10,4 bilhões. Agora, o presidente do BNDES afirma que os empréstimos efetivamente contratados somam cerca de R$ 6 bilhões.

Do volume total contratado, nem tudo foi liberado, já que os desembolsos ocorrem ao longo do período de execução dos empreendimentos.

As empresas do bilionário enfrentam uma séria crise de confiança no mercado e grandes perdas na Bolsa de Valores. Os papéis da petrolífera OGX, por exemplo, já valem menos que um pão francês.

(Com Reuters)