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EUA devem atingir limite da dívida pública em 17 de outubro, diz governo

Do UOL, em São Paulo

25/09/2013 11h42Atualizada em 25/09/2013 11h42

Os Estados Unidos devem atingir o limite da dívida pública (US$ 16,7 trilhões) em 17 de outubro, informou o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, em carta aos líderes do Congresso. Nessa data, o país terá apenas cerca de US$ 30 bilhões na mão.

Segundo ele, se nada for feito, depois dessa data o país não terá como pagar suas contas. "Se o governo acabar se tornando incapaz de pagar todas as suas contas, os resultados podem ser catastróficos", disse Lew.

O governo tem se aproximado do teto da dívida desde maio, mas vem evitando dar calote em suas obrigações ao adotar medidas emergenciais, como a suspensão de investimentos em fundos de pensão para funcionários públicos.

Lew repetiu que o governo não irá negociar o teto da dívida. E alertou aos republicanos no Congresso que qualquer plano para priorizar certas contas do governo em detrimento de outras será "simplesmente um calote com outro nome".

"Não há um modo de saber o dano que qualquer plano de priorização terá sobre nossa economia e nos mercados financeiros", acrescentou.

EUA viveram impasse semelhante em 2011

Há dois anos, os EUA viveram situação semelhante. O impasse de meses bloqueou o sistema político dos Estados Unidos, alarmou seus aliados internacionais, sacudiu os mercados financeiros e prejudicou a imagem do país no exterior.

O limite da dívida pública era de US$ 14,3 trilhões e foi ampliado “aos 45 minutos do segundo tempo”, às vésperas do fim do prazo para o calote e após meses de intenso debate entre parlamentares republicanos e democratas.

Um acordo, aprovado pela Câmara e pelo Senado, permitiu elevar o teto da dívida pública norte-americana em pelo menos US$ 2,1 trilhões em três passos --sendo os primeiros US$ 400 bilhões imediatamente, seguidos de US$ 500 bilhões até fevereiro do ano seguinte.

O acordo previu, ainda, cortes de cerca de US$ 2,4 trilhões em 10 anos, que seriam aprovados pelo Congresso em duas etapas --um corte inicial de US$ 917 bilhões na aprovação do acordo e mais US$ 1,4 trilhão até o final daquele ano.

(Com agências)