Manifestantes cantam marchinhas contra 'imperialistas' em leilão do pré-sal
Cerca de 200 manifestantes participam de protesto contra o leilão da área petrolífera de Libra que será realizado nesta segunda-feira (21), no Rio de Janeiro.
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O principal foco da manifestação são os "imperialistas", que ganharam diversas marchinhas em sua homenagem, como: "não vou aceitar imperialista querendo me roubar" e "quem foi que disse que é normal imperialista vir roubar nosso pré-sal?".
Os manifestantes se concentram na esquina da Avenida Lúcio Costa com a rua Coronel Eurico de Souza Gomes Filho, na Barra da Tijuca. Partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais levaram bandeiras para o local.
Para o funcionário da Petrobras que participa dos protestos, Dênis Silva, 31, as riquezas do país não poderiam serem leiloadas.
"Toda a riqueza natural do país tem que servir ao desenvolvimento humano do brasileiro. Petróleo, minério, Amazônia... E tudo isso tem que ser administrado por empresas públicas 100% estatais", disse.
Segundo Claiton Cossy, 53, diretor do Sindipetro-RJ, o objetivo dos manifestantes era impedir a realização do leilão.
"A nossa ideia era bloquear a passagem, mas a Dilma chamou o Exército e a Força Nacional e criou um Estado de Sítio na cidade", afirmou.
O Exército possui um efetivo de 1.100 homens na operação para evitar que manifestantes atrapalhem o leilão do campo de Libra. Um trecho da praia foi interditado para banhistas, inclusive.
A licitação da área gigante, no pré-sal da Bacia de Santos, oferecerá uma reserva estimada em 8 bilhões a 12 bilhões de barris de óleo recuperável. O campo de Libra é considerado a maior descoberta de petróleo já realizada no Brasil.
As críticas ao leilão são vastas: vão dos petroleiros, em greve nacional desde quinta-feira (17), até ex-executivos da Petrobras. E, seguindo a tendência vista no país desde junho, movimentos sindicais e sociais têm promovido protestos contra o leilão.
(Com Reuters)
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