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Agência de risco recomenda que governo brasileiro corte gastos

Do UOL, em São Paulo

04/02/2014 15h38

A agência de classificação de riscos Fitch recomendou que o governo brasileiro corte gastos para aumentar sua credibilidade política, de acordo com uma avaliação divulgada nesta terça-feira (4). A agência informou que a economia ajudaria a controlar a dívida pública e seria favorável à classificação do país, que atualmente está em “BBB”.

Medidas para controle de gastos poderiam aumentar a confiança dos investidores internacionais, e ainda beneficiar as perspectivas para a inflação, segundo a Fitch. A agência lembrou que a inflação permaneceu alta apesar da recuperação econômica e das medidas de economia do governo tomadas até agora, como o aumento da Selic, a taxa básica de juros, a 10,5%.

A economia do governo para pagar os juros da dívida pública (chamada superávit primário) também tem diminuído nos últimos anos, segundo a Fitch, porque as receitas têm subido menos e os gastos têm aumentado muito. Ao mesmo tempo, o crescimento das despesas continua a prejudicar os esforços de maior economia.

"A Fitch tem enfatizado que as finanças públicas do Brasil continuam a representar uma fraqueza relativa para seu perfil de crédito", informou a agência, que em julho de 2013 manteve a perspectiva estável para o país.

"Continuaremos monitorando a posição fiscal do Brasil em 2014 (ano eleitoral) e depois, focando se a política fiscal é compatível com a estabilização e eventual declínio no fardo da dívida do governo."

Agências de risco falharam na crise

As agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, determinando sua suposta credibilidade financeira, foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009.

Elas deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira.

O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação financeira.

Ele busca mensurar a probabilidade de calote de obrigações financeiras, ou seja, o não-pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião supostamente independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.

(Com Reuters)