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Cervejarias estrangeiras abrem bares no país para aproveitar onda artesanal

Aiana Freitas

Do UOL, em São Paulo

13/02/2014 06h00

De olho no crescimento do interesse dos brasileiros por cervejas especiais e artesanais, marcas estrangeiras estão abrindo bares no país. A ideia é divulgar suas marcas diretamente para os consumidores.

Em janeiro, a cervejaria escocesa BrewDog inaugurou em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, seu primeiro bar fora da Europa.

O BrewDog Bar da capital paulista foi criado a partir de uma sociedade de James Watt e Martin Dickie, criadores da cervejaria, e os empresários paulistanos Paulo Bitelman e Gilberto Tarantino.

Tarantino é diretor da importadora que leva seu sobrenome, que já trazia os rótulos da marca para o país com exclusividade desde 2010.

A proposta de abertura do bar, segundo ele, veio em 2011. "A cerveja é enviada para 40 países e o Brasil, que vive um momento em que o consumidor está descobrindo a cerveja artesanal, vem se sobressaindo. É um dos cinco países para onde a marca é mais exportada", diz o empresário.

O fato de o segmento de cerveja artesanal ainda estar em desenvolvimento no país também atraiu os escoceses, segundo ele.

"Eles preferiram abrir um bar aqui e não nos Estados Unidos, por exemplo, porque lá esse segmento já é mais maduro e não tem tanto potencial de crescimento."

O investimento do empresário brasileiro e seu sócio foi de cerca de R$ 1 milhão. A ideia é expandir bares para outras cidades. "Mas ainda é cedo para falar em expansão. Primeiro temos de consolidar o primeiro negócio", diz Tarantino.

Marca belga também investe em bares no país

Outro bar que vai aportar na capital paulista ainda no primeiro semestre é o Delirium Café, marca que pertence à mesma família dona da cervejaria belga Delirium Tremens. Segundo Hélio Júnior, dono da marca no Brasil, o bar ficará em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. O investimento não foi divulgado.

Em 2010, ele foi o responsável pela abertura de uma unidade no Rio de Janeiro, a primeira unidade da América Latina. Os planos, diz Júnior, é abrir franquias nas principais capitais do país. A ideia é que o bar seja uma referência em cervejas especiais no país.

"O objetivo é reforçar a marca e levar a cultura das cervejas especiais para várias regiões do país, uma vez que, além de vender cerveja, temos cursos para mostrar aos clientes o máximo possível sobre este 'novo mundo', ainda pouco conhecido no Brasil", afirma Marcelo Bustamante, administrador do bar.

Não são apenas as marcas artesanais que estão dando seus nomes a bares. A Heineken Brasil abriu em janeiro, em São Paulo, o Heineken Up on the Roof, o primeiro projeto do tipo no mundo.

É um misto de bar e balada que fica na cobertura do Edifício Planalto, no centro a cidade, e vai funcionar só até 28 de fevereiro.

O bar, idealizado pela agência de marketing Hands, tem entrada gratuita, mas restrita a quem colocar previamente o nome na lista pela internet.

Marcas nacionais, como Devassa, da Brasil Kirin, e Brahma, da Ambev, também têm bares com seus nomes espalhados pelo país. Elas funcionam por meio de franquias.

Procuradas, as empresas não deram informações sobre o ritmo de crescimento de suas unidades nos últimos anos.