Consórcio cresce 35% no trimestre; reformas, festas e plásticas lideram uso
O mercado de consórcio de serviços vem crescendo no país. No primeiro trimestre deste ano foram entregues R$ 7,4 milhões em cartas de crédito para pagamento de serviços, uma alta de 34,5% em relação ao mesmo período de 2013, segundo a Abac (Associação Brasileira de Administradores de Consórcios).
Antes, o consórcio era usado principalmente para compra de bens duráveis, como carros. O consórcio de serviços se tornou uma alternativa para despesas pessoais.
“Quem procura por esse tipo de consórcio usa mais o dinheiro para fazer reparos na casa, festas de casamento e de 15 anos, cirurgias plásticas, viagens e cursos, nesta ordem”, diz Paulo Rossi, presidente executivo da Abac.
O consórcio, no entanto, só deve ser levado em conta para quem não precisa rapidamente do serviço, segundo o economista Márcio Neubauer, da consultoria Soma Invest. Em outras circunstâncias, é melhor fazer uma poupança.
Consórcios têm mensalidades a partir de R$ 60
É possível encontrar no mercado consórcios de serviços com mensalidades a partir de R$ 60,25.
O BB Consórcio oferece cartas de crédito de R$ 1.500 a R$ 7.000, com planos de até 30 meses e taxa de administração a partir de 0,5% ao mês. O cliente que adquirir uma carta de crédito de R$ 1.500, com prazo de 30 meses, pagará uma mensalidade de R$ 60,25 no primeiro ano do consórcio.
Segundo Paulo Ivan Rabelo, diretor-executivo da BB Consórcios, as vendas de consórcios de serviços na empresa cresceram 161% em dezembro de 2013, comparado ao mesmo mês de 2012, "principalmente entre membros da classe C e B".
"Muitos cotistas (36%) têm renda entre R$ 1.500 a R$ 4.000, e outros 25% entre R$ 4.000 e R$ 8.000", diz.
A concessionária Rodobens oferece cartas de crédito de R$ 5.000 a R$ 10 mil, com planos de 12 a 48 meses para pagar. As taxas de administração variam de 0,48% ao mês (48 meses) até 0,81% ao mês (24 meses).
"A menor parcela é de R$ 136,86 para quem opta pelo crédito de R$ 5.000, em um plano de 48 meses", segundo Francisco Coutinho, superintendente comercial da Rodobens.
O Consórcio Luiza, do Magazine Luiza, também oferece cartas de crédito de R$ 5.000 a R$ 10 mil, com taxa de administração a partir de 1,1% ao mês. A parcela mínima mensal é de R$ 255,15 e a máxima de R$ 636,30, em planos de até 36 meses.
Segundo Edna Honorato, diretora do Consórcio Luiza, "a maior procura é para pagamento de festas, incluindo casamentos, formaturas, festas de 15 anos e bodas de prata".
Como funciona o consórcio de serviços?
O consórcio de serviços é regulamentado desde 2010 no país, e funciona de forma idêntica à de um consórcio de bens (como carros), ou seja, basta participar de um grupo e pagar as mensalidades até ser sorteado ou oferecer um lance.
A diferença é que o dinheiro só pode ser usado para pagar serviços, e não produtos. Na reforma de uma casa, por exemplo, serve para remunerar os pedreiros, mas não a compra do material de construção.
Segundo a Abac, geralmente as empresas oferecem cartas de crédito que vão de R$ 1.500 a R$ 24 mil, a serem pagas em até 48 meses, com taxa de administração de 0,44% ao mês. Mas esses valores podem variar de acordo com a empresa e devem constar em contrato.
Como as mensalidades e as taxas podem variar de acordo com a empresa credora, não é possível calcular um valor médio de mensalidade do setor.
Mas, em uma simulação de crédito de R$ 10 mil, pagos em 36 meses, com a taxa de administração de 0,44%, cada parcela no primeiro ano sai por R$ 322,22, em cálculo da Abac. O valor da prestação é corrigido anualmente pela inflação. Os índices variam conforme o contrato: pode ser IPCA, IGP-M ou outros.
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