Dilma pede a Putin que Rússia invista em combustível e estrutura no Brasil
A presidente Dilma Rousseff pediu ao seu colega russo, Vladimir Putin, que a Rússia invista em combustível e infraestrutura no Brasil.
"Transmiti ao presidente Putin as inúmeras possibilidades em energia e infraestrutura no Brasil". Dilma mencionou as áreas de combustíveis, portos e rodovias, entre outras.
Dilma e Putin se encontraram nesta segunda-feira (14) em Brasília (DF) para discutir a ampliação do comércio e de investimentos entre os dois países.
Foram assinados acordos bilaterais de interesse econômico entre os dois países, em setores como saúde, tecnologia, defesa, educação e cultura.
Putin disse que os atos assinados devem ajudar a ampliar os investimentos russos no Brasil.
"Foi assinado um grande pacote de acordos institucionais e comerciais que estimulam nossa cooperação nas mais diversas áreas. Várias grandes companhias russas vão entrando no mercado brasileiro. Vamos produzir conjuntamento equipamentos para centrais elétricas", declarou.
A presidente Dilma defendeu os acordos, afirmando que o país não pode ser dependente. "Não pode se contentar com dependências de qualquer espécie. Busquemos nossa autonomia científica e tecnológica."
Dilma afirmou que países como Brasil e Rússia precisam se unir para "dar prosperidade aos povos" e "tornar o FMI [Fundo Monetário Internacional] realmente multilateral e democrático".
Criação do novo banco de desenvolvimento
O presidente da Rússia também veio ao Brasil para participar da sexta cúpula do Brics, grupo que reúne também Brasil, Índia, China e África do Sul. O encontro do Brics ocorre nesta segunda e terça-feira (15) em Fortaleza, e na quarta-feira (16) em Brasília.
Depois das assinaturas de atos bilaterais, Dilma e Putin preveem ir para Fortaleza (CE). A presidente brasileira deve seguir às 18h. O líder russo segue para a capital cearense à tarde.
A decisão mais esperada do encontro dos Brics é a criação de um banco próprio para financiar projetos de infraestrutura. O novo banco, com orçamento de US$ 100 bilhões, deve simbolizar o crescimento da influência do Brics no cenário financeiro global, e em meio à falta de reformas em órgãos como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O termo Bric foi criado em 2001 pelo economista Jim O'Neill, do banco Goldman Sachs, referindo-se a um grupo de mercados emergentes com grande potencial econômico: Brasil, Rússia, Índia e China.
Em 2009, os líderes desses países começaram a realizar cúpulas anuais, tentando aumentar sua influência coletiva global. Em 2010, a África do Sul juntou-se ao grupo, que passou a ser denominado Brics.
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