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Economia recua 1,48% em junho e tem queda de 1,2% no trimestre, diz BC

Do UOL, em São Paulo

15/08/2014 08h41Atualizada em 15/08/2014 09h59

A economia brasileira recuou 1,48% em junho na comparação com maio, de acordo com informações divulgadas pelo Banco Central nesta sexta-feira (15). No segundo trimestre, a queda acumulada foi de 1,2% em relação ao primeiro trimestre do ano.

Analistas consultados pela agência de notícias Reuters esperavam uma retração de 1,3% em junho.

Em maio, o resultado da economia tinha sido negativo em 0,8%; em abril, o dado foi revisado, de alta de 0,12% para leve queda de 0,01%, segundo a Reuters. Com isso, junho marca o quinto mês seguido de indicadores negativos na comparação com o mês anterior.

Na comparação entre junho deste ano e junho do ano passado, o recuo da economia foi ainda maior, de 2,68%. No acumulado do ano até agora, a economia está quase estável, com leve alta de 0,08%.

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) é considerado por analistas como uma "prévia mensal" do resultado oficial do PIB (Produto Interno Bruto), que é divulgado a cada três meses pelo IBGE.

O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária.

Prévia do PIB não determina resultado oficial, diz diretor do BC

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, afirmou nesta sexta-feira (15) que não é correto afirmar que a variação do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil foi negativa no segundo trimestre tendo como base o IBC-Br.

Os indicadores são calculados usando uma base diferente (leia mais abaixo), e, portanto, é preciso aguardar o resultado oficial do IBGE.

Carlos Hamilton, que participa de seminário em São Paulo, afirmou que a projeção do BC para o PIB é a que consta no Relatório de Inflação, que é de alta de 1,6% para 2014.

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  • Raphael Salimena/UOL

IBC-Br

O índice é elaborado mensalmente pelo BC e é considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) --que é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a cada trimestre e leva a um resultado anual. 

O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB, e serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).

A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

(Com Reuters)