Empresa que atuava no PI e MA é acusada de sonegar R$ 1 bi em imposto
Uma operação da PF (Polícia Federal) e da Receita Federal cumpre mandados de busca e apreensão e condução coercitiva (quando uma pessoa pode ser levada à força para prestar depoimento) de um grupo empresarial com sede no Piauí. A PF não havia divulgado o nome da empresa até a publicação desta reportagem.
A empresa é acusada de sonegar impostos e contribuições previdenciárias que, somente em 2013, teriam chegado a R$ 896 milhões.
Além disso, o grupo também está sendo acusado de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A operação foi batizada de Sorte Grande e conta com 85 policiais federais, 18 auditores e quatro analistas da Receita.
A PF informou que que o grupo atuava nas áreas de comunicação, venda de veículos, empreendimentos imobiliários –inclusive construção de shopping centers, e possuía investimentos em faculdades, hospital e operadoras de plano de saúde, nos Estados do Piauí e do Maranhão.
Em nota, a PF informou que as investigações demonstraram que o grupo utilizaria “laranjas” e empresas offshore, sediadas no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.
“O grupo realizou sucessivas mudanças nos quadros societários das empresas devedoras do fisco para afastá-las de seus verdadeiros proprietários e transferiu os seus ativos para novas pessoas jurídicas, também constituídas com o emprego de 'laranjas' e offshores, deixando as devedoras 'desmontadas', apenas com as dívidas”, afirmou a PF.
Para não pagar impostos e impedir a acusação penal contra os responsáveis, os supostos envolvidos nas fraudes teriam aderido a programas de recuperação fiscal, apresentando como garantia bens de baixos custos, como cadeiras e aparelhos de ar-condicionado.
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