Dona da TIM oferece R$ 21 bilhões por GVT, e dona da Vivo cobre proposta
A Telecom Italia, holding que controla a TIM (TIMP3) no Brasil, fez uma oferta formal de 7 bilhões de euros (cerca de R$ 21 bilhões) pela GVT, a unidade brasileira da francesa Vivendi.
A oferta foi rebatida pela espanhola Telefónica, dona da Vivo (VIVT4) no Brasil, que subiu a proposta para 7,45 bilhões de euros (pouco mais de R$ 22 bilhões).
As duas empresas estão competindo pela GVT, em uma briga que pode redefinir o cenário da telefonia no Brasil. A Telefónica tinha sido a primeira a apresentar uma oferta, de cerca de 6,7 bilhões de euros (equivalentes a cerca de R$ 20 bilhões).
Oferta da Telecom Italia
A oferta da Telecom Italia contempla uma união das operações da GVT e da TIM. A proposta é válida até 20 de setembro.
A Telecom Italia disse que, com o acordo, a Vivendi tomaria uma fatia de cerca de 20% na maior companhia de telefonia italiana em participação de mercado.
A Telecom Italia ainda afirmou que a oferta é composta por aproximadamente 24% em dinheiro e 76%.
A companhia italiana disse que a operação prevê um aumento de capital da TIM, que a Telecom Italia pretende subscrever proporcionalmente à sua participação.
Oferta da Telefónica
Em um comunicado, a Telefónica informou que pagará 4,66 bilhões de euros em dinheiro e oferecerá à Vivendi uma participação de 12% no novo grupo a ser criado no Brasil a partir da fusão da GVT com a Telefônica Brasil.
A empresa também ofereceu à Vivendi uma opção para comprar uma participação de 8,3% na Telecom Italia.
A nova oferta é válida até 29 de agosto, sendo que o prazo pode ser estendido caso a Vivendi aceite conceder exclusividade às ofertantes por três meses, informou a Telefonica Brasil, em comunicado separado.
Oi vai tentar comprar TIM
Na terça-feira, o Grupo Oi (OIBR4) informou ainda que contratou o banco BTG Pactual como um "comissário" para encontrar possíveis alternativas para comprar a participação da Telecom Italia na brasileira TIM.
A Oi espera unir-se à Claro, da mexicana América Móvil, e à Vivo, da espanhola Telefónica, para realizar a oferta de aquisição da TIM, segundo informações de uma fonte próxima do assunto passadas à agência de notícias Reuters.
A Oi está no meio de um plano de fusão com a Portugal Telecom para reduzir sua dívida e recuperar fatia de mercado de seus rivais no Brasil.
(Com Reuters)
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