Recessão no Brasil mostra desafios para próximo governo, diz Fitch
A agência de classificação de risco Fitch afirmou nesta sexta-feira (29) que a recessão no Brasil mostra que as perspectivas econômicas no médio prazo serão um desafio para o próximo governo.
Segundo a Fitch, será preciso restaurar a confiança, reduzir os custos dos negócios e facilitar a transição para um crescimento que seja baseado em investimentos.
A agência confirmou a classificação de risco do Brasil em "BBB", com perspectiva estável. Para a Fitch, o Brasil tem diversidade da economia, instituições relativamente desenvolvidas e forte capacidade de absorção de choques.
A agência ressaltou, contudo, que esses fatores positivos são contrabalançados pela fraqueza estrutural nas contas públicas, pelo alto endividamento do governo e pelo baixo investimento, entre outros pontos.
Desafios para o próximo governo
"A queda dos indicadores de confiança sugere que os agentes econômicos querem ver ajustes adicionais de política, além daqueles já adotados, que incluem aperto monetário, alguma flexibilidade cambial e tentativas de impulsionar o investimento privado em infraestrutura", escreveu a diretora sênior de ratings soberanos da Fitch, Shelly Shetty, em comunicado.
"Restaurar a confiança, fortalecer a credibilidade das políticas fiscal e econômica e reduzir as restrições estruturais em áreas como infraestrutura e o ambiente corporativo amparariam o perfil de crédito soberano do país se resultarem em crescimento mais rápido sustentável", acrescentou.
País entrou em recessão no 1º semestre
O Brasil entrou em recessão no primeiro semestre, acumulando dois trimestres seguidos de crsecimento negativo. A queda nos investimentos e na indústria, além de menos dias úteis durante a Copa do Mundo acabaram prejudicando a atividade econômica.
O IBGE informou nesta sexta-feira que a economia brasileira encolheu 0,6% no segundo trimestre de 2014 sobre os três meses anteriores e 0,9% na comparação anual.
(Com Reuters)
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