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Dez bilionários "brasileiros" nasceram em outro país; conheça

Verônica Mambrini e Maria Carolina Abe

Do UOL, em São Paulo

07/09/2014 06h00Atualizada em 30/09/2014 18h24

Dez dos 150 bilionários brasileiros, na verdade, são estrangeiros. Nascidos fora do país, se naturalizaram e construíram seus negócios aqui.

Alguns fugiram de crises em sua terra natal, como os sírios que vieram na década de 1950, ou os franceses Régis e Ghislaine Dubrule, que buscavam oportunidades melhores do que encontravam na Europa em crise com o petróleo.

Nesse grupo, há também famílias que já estavam no país, como os Klein e os Matsunaga. Mesmo estabelecidos aqui, tiveram filhos nascidos na Alemanha e no Japão, respectivamente.

Veja a lista completa.

Joseph Safra

Nascido em Beirute, em 1938, o libanês veio para o país nos anos 1950 e hoje é naturalizado brasileiro. Seu pai, Jacob Safra, era banqueiro em Beirute, e ele tornou-se co-fundador do banco Safra por aqui. Seu patrimônio é estimado em R$ 35,98 bilhões.

Sasson Dayan

Sasson é libanês naturalizado brasileiro, e começou sua carreira no setor bancário no Líbano. Na década de 1950, migrou para o Brasil e fundou o banco Daycoval, especializado em crédito para empresas de médio porte. Sua fortuna é avaliada em R$ 1,66 bilhão.

Chaim Zaher

Nascido no Líbano, Zaher veio para o Brasil com a família, aos 6 anos. Em Araçatuba (SP), um dos primeiros empregos do imigrante naturalizado brasileiro foi como porteiro de escola. Hoje, ele é dono de um dos maiores grupos educacionais no Brasil, o grupo SEB. Vendeu parte do grupo (COC, Dom Bosco, Pueri Domus e NAME) para a britânica Pearson e fundiu a UniSEB, de educação à distância, com a Estácio. Tem patrimônio estimado em R$ 1,48 bilhão.

Patrick larragoiti

Francês naturalizado brasileiro, é herdeiro do grupo SulAmérica, fundada pelo seu avô, o espanhol Joaquim Sanchez Larragoitti, em 1959. Acumula uma fortuna avaliada em R$ 1,08 bilhão.

Régis e Ghislaine Dubrule

O casal des franceses naturalizados brasileiros criaram a Tok&Stok em 1978. Eles fugiam da crise do petróleo, que abalou a economia europeia, e Régis havia conseguido emprego no Brasil. Ele saiu da empresa para criar a loja de móveis com a ajuda da mulher. O patrimônio do casal é estimado em R$ 1,06 bilhão.

Miguel Krigsner

Boliviano, descentende de judeus alemães e naturalizado brasileiro. Esse é o perfil de Krigsner, fundador de O Boticário. Chegou ao Brasil com a família em 1961, aos 11 anos, e fundou a loja que viraria a segunda maior empresa de cosméticos do Brasil em 1977, dois anos depois de se formar. Tem patrimônio de R$ 6,45 bilhões.

Michael Klein

Filho mais velho de Samuel Klein, fundador da Casas Bahia, Michael nasceu na Alemanha, e naturalizou-se brasileiro. Sua fortuna é de R$ 4,51 bilhões, segundo a "Forbes Brasil".

Elie Horn

O judeu sírio naturalizado brasileiro fundou a Cyrela, maior incorporadora do país. Chegou ao Brasil aos 11 anos, e hoje sua fortuna é estimada em R$ 3,03 bilhões.

Liu Ming Chung

O empresário do ramo de papel nasceu em Taiwan e é naturalizado brasileiro. Vive fora da China, seu país de origem, desde 1990, e viveu no Brasil nas décadas de 70 e 80. Tem patrimônio de R$ 1,95 bilhão.

Mitsuo Matsunaga

Genro de Yoshizo Kitano, fundador da Kitano (que deu origem à Yoki), Mitsuo Mastunaga nasceu no Japão e se naturalizou brasileiro. Sua fortuna é estimada em R$ 1,63 bilhão.