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Após recessão, prévia do PIB sobe 1,5% em julho, melhor resultado em 6 anos

Do UOL, em São Paulo

12/09/2014 08h36

Depois de ter registrado dois trimestres seguidos em queda, o que constitui uma recessão técnica, a economia brasileira pode estar se recuperando.

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado como uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) oficial, registrou alta de 1,5% em julho na comparação com junho.

Este foi o melhor resultado mensal desde junho de 2008, quando a expansão tinha sido de 3,32%. A alta também veio melhor que o esperado por analistas consultados pela Reuters, que apontavam resultado positivo de 0,8%.

Na comparação com julho do ano passado, o índice perdeu 0,31%. No acumulado do ano, a economia está praticamente estável, com leve alta de 0,07%.

O BC revisou o dado de junho para queda de 1,51%, ao invés do 1,48% divulgado anteriormente.

O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária.

Ele é considerado por analistas como uma "prévia mensal" do resultado oficial do PIB, que é divulgado a cada três meses pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O dado oficial do IBGE foi divulgado no final de agosto, e apontou que a economia brasileira tinha recuado 0,6% no segundo trimestre. O dado do primeiro trimestre foi revisado, de uma alta de 0,2% para queda de 0,6%.

Com dois trimestres seguidos de resultado negativo, considera-se tecnicamente que o país está em recessão. Isso não acontecia desde a crise financeira global de 2008 e 2009.

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  • Raphael Salimena/UOL

IBC-Br

O índice é elaborado mensalmente pelo BC e é considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) --que é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a cada trimestre e leva a um resultado anual. 

O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB, e serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).

A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

(Com Reuters)