Ministério Público denuncia cinco ligados à BBom por pirâmide financeira
O Ministério Público Federal em São Paulo denunciou cinco pessoas por formação de pirâmide financeira e negociação de contratos de investimento coletivo sem registro. Os acusados estão ligados à empresa BBom, cuja principal atividade seria a comercialização de rastreadores veiculares.
A Embrasystem, empresa pelo qual era operado o sistema Bbom, afirmou em nota "que todos os acusados que aparecem no processo, em questão, são inocentes e confiam na Justiça". Ainda segundo a nota, eles "vão aguardar as devidas notificações, com serenidade, para apresentarem as defesas".
Desde julho de 2013, a Justiça determinou o bloqueio de bens da companhia, incluindo mais de cem veículos, além de R$ 300 milhões em contas bancárias do grupo.
A formação de pirâmide financeira é uma modalidade considerada ilegal porque só é vantajosa enquanto atrai novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso. Nesse tipo de golpe, são comuns as promessas de retorno expressivo em pouco tempo.
MPF: esquema atingiu 1 milhão de clientes, que investiram R$ 2 bi
O número de pessoas prejudicadas é estimado em 1 milhão de consumidores, que investiram R$ 2 bilhões no negócio, segundo o Ministério Público Federal.
Foram denunciados João Francisco de Paulo, Paulo Ricardo Figueiró, Ednaldo Alves Bispo, Sérgio Luís Yamagi Tanaka e Fabiano Marculino Montarroyos. Caso a denúncia seja aceita, eles devem responder por crimes contra o mercado de capitais, o sistema financeiro e a economia popular e, ainda, por lavagem de dinheiro.
“Os cinco denunciados trabalhavam com a emissão de contratos de investimento coletivo e assim criaram uma gigantesca pirâmide financeira”, afirma o procurador da República Andrey Borges de Mendonça, autor da denúncia.
Ainda de acordo com o MP, o criador do Sistema BBom, João Francisco de Paulo, comandava as atividades da empresa por meio da EmbraSystem e foi o maior beneficiário dos R$ 2 bilhões arrecadados.
Empresa é investigada por formação de pirâmide
A pirâmide financeira é uma modalidade considerada ilegal porque só é vantajosa enquanto atrai novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso.
Nesse tipo de golpe, são comuns as promessas de retorno expressivo em pouco tempo.
Na Bbom, as pessoas que se associavam ao negócio eram remuneradas a partir da indicação de novos participantes. No ato da vinculação, havia um pagamento de R$ 60 para o cadastro e adesão no valor no plano escolhido, que variava de R$ 600 a R$ 3.000.
A BBom afirma trabalhar com marketing multinível, e não pirâmide financeira.
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