IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Emprego agrícola cai 20% em nove anos e fica atrás de comércio e reparação

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

18/09/2014 10h00

A participação dos brasileiros empregados na atividade agrícola despencou 20% na comparação entre 2004 e o ano passado, segundo a Pnad 2013 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). O material foi divulgado na quinta-feira (18) e corrigido no dia seguinte após reconhecimento de erro do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados divulgados originalmente apontavam queda de 25%.

No estudo realizado há nove anos, 20,4% dos trabalhadores com 15 anos ou mais atuavam no setor, o que representava estimativa de aproximadamente 17 milhões de pessoas. Já em 2013, o indicador de ocupação na área agrícola foi calculado em 14,2% do total de trabalhadores brasileiros, o equivalente a uma estimativa de 13,5 milhões de pessoas.

A queda de ocupação na agricultura pode estar relacionada, de acordo com o IBGE, a dois fenômenos distintos: o processo de mecanização e investimento em tecnologia e o fluxo migratório para as áreas urbanas.

A Pnad 2013 revelou que o setor agrícola --que, desde 2007, já havia perdido o posto de maior empregador do país--ficou atrás apenas do setor de comércio e reparação, que representou 17,9% do total de pessoas empregadas em 2013. A indústria teve 13,5% e a atividade agrícola, 14,2%.

Dos 13,5 milhões de empregados no setor agrícola, 24,3% estão baseados na região Nordeste (5,9 milhões de pessoas). Em todo o país, há pouco mais de 9,5 milhões de homens trabalhando na área. Já as mulheres são 4 milhões.

Por outro lado, a estimativa absoluta de empregados na área de comércio e reparação cresceu 19%: de 14,4 milhões, em 2004, para 17,1 milhões, em 2013. Já a projeção da indústria se manteve estável no período, com pequenas oscilações. A comparação entre as pesquisas apontou pequena redação percentual: de 14,8%, em 2004, para 13,5%, em 2013.

A projeção de empregados da área de construção, por sua vez, seguiu o caminho inverso. Passou de 6,4% (5,3 milhões em 2004) para 9,2% no período (8,8 milhões no ano passado).

Intervalo de confiança

Por ser uma pesquisa por amostra, as variáveis divulgadas pela Pnad estão dentro de um intervalo numérico, que é o chamado "erro amostral". Segundo o IBGE, não há uma margem de erro específica para toda a amostra. Para a Pnad 2013, foram ouvidas 362.555 pessoas em 148.697 domicílios pelo país.