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Mineradora de Eike pede 'concordata' nesta quinta-feira, diz advogado

Do UOL, em São Paulo

15/10/2014 19h42Atualizada em 16/10/2014 17h43

A MMX Sudeste Mineração, controlada da MMX Mineração e Metálicos, do empresário Eike Batista, entra nesta quinta-feira (16) com pedido de recuperação judicial (antiga concordata) no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

A informação é do advogado Sergio Bermudes, dono do escritório que será, ao lado do Mattos Filho Advogados, responsável pelo processo de recuperação da companhia.

Outras duas empresas de Eike já estão em processo de recuperação judicial: a petroleira OGX entrou o pedido há quase um ano, em 30 de outubro de 2013; o estaleiro OSX entrou com pedido 12 dias depois.

Mineradora demitiu 120, segundo sindicato

A MMX começou a demitir, na última sexta-feira, cerca de 120 de um total de 420 trabalhadores das minas de Serra Azul (MG), de acordo com o presidente do Sindicato Metabase de Brumadinho, Agostinho José de Sales.

"Já enviamos um ofício para a empresa solicitando o cancelamento das demissões e hoje à tarde vamos encaminhar um pedido de intermediação ao Ministério do Trabalho e Emprego. Queremos uma reunião urgente com a MMX", disse Salles à Agência Estado.

Eike é acusado de crimes financeiros em SP e no RJ

O empresário Eike Batista é acusado de crimes contra o mercado financeiro na Justiça Federal de São Paulo e do Rio de Janeiro.

A defesa do empresário quer concentrar os dois processos no Rio, e alega que não cabe à Justiça Federal julgar o caso --a tese foi rejeitada pela 3ª Vara Criminal do Rio.

A derrocada do empresário começou em 2013. As empresas "X" deixaram de cumprir cronogramas e de atingir metas. A falta de resultados e o pessimismo em relação ao futuro do grupo preocuparam investidores, e as ações despencaram na Bolsa. 

Recuperação é último recurso antes de decretar falência

A recuperação judicial, antiga concordata, é uma opção para empresas que estão em crise financeira, mas acreditam ter chances de sobreviver.

É um recurso que depende da aprovação da Justiça. O plano de recuperação também deve ser aprovado pela maioria simples (50% + 1) dos credores da companhia. Se não der certo, a empresa entra em processo de falência.

"É o último recurso antes de se decretar a falência. Com respaldo jurídico, a companhia ganha um novo prazo de negociação, na tentativa final de quitar suas dívidas", afirma Benjamin Yung, sócio fundador da Estratégias Empresariais, consultoria especializada em reestruturação financeira.

(Com Valor)

A derrocada de Eike Batista

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