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Ministra descarta falta de comida e alta de preços por causa da seca

"Não estamos vendo caos diante dos nossos olhos", disse a ministra Kátia Abreu - Valter Campanato/ Agência Brasil
'Não estamos vendo caos diante dos nossos olhos', disse a ministra Kátia Abreu Imagem: Valter Campanato/ Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

11/02/2015 15h06Atualizada em 11/02/2015 16h12

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, descartou nesta quarta-feira (11) que a falta de água leve a alta nos preços ou à falta de alimentos.

Ela disse que, além das perspectivas de chuvas para os próximos dias, as perdas de produção nos Estados mais afetados pela seca serão compensadas pela produção em regiões irrigadas.

“É um otimismo não exacerbado, é uma torcida bem realista, porque, de fato, foram anunciadas chuvas para todo o Brasil, especialmente no Sudeste. Ficamos otimistas por períodos. Neste, estamos otimistas”, disse, após reunião ministerial para discutir os impactos da seca.

'Não estamos vendo caos'

“Não estamos vendo caos diante dos nossos olhos”, acrescentou a ministra.

Ela disse, ainda, que os dados do levantamento de safra da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) não trarão diferenças em relação às perspectivas apresentadas em janeiro. Os dados serão apresentados na quinta-feira (12) pela Conab.

Segundo Kátia Abreu, a produção de commodities (matérias-primas, como soja, café e boi) não foi afetada, a de carne não depende de questões relacionadas à falta de água neste momento, e a de leite também não sofrerá grandes impactos porque os produtores são preparados para a fase de seca.

Tomate, cebola, batata e laranja: áreas irrigadas devem 'salvar'

Em relação ao tomate, cebola, batata e laranja, que têm grande reflexo sobre a inflação, a produção em áreas irrigadas deve compensar as perdas em São Paulo e no Paraná, disse a ministra.

“Estamos com a expectativa de que perímetros irrigados de Goiás e do Nordeste deverão produzir o suficiente para não termos problemas com esses produtos”, disse ela.

De acordo com Kátia Abreu, as medições de umidade do solo feitas por satélite pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) mostram que os primeiros dados de fevereiro serão mais favoráveis para os produtores.

“Nossa expectativa é positiva porque houve chuva em vários lugares do país onde não choveu no veranico de janeiro”, disse.

As previsões do Instituto Nacional de Meteorologia mostram que os Estados do Ceará, Paraíba e Pernambuco terão estiagem grave, e Bahia, Alagoas e Rio Grande do Norte também serão afetados, em menor grau.

Grupo de ministros debate a seca

Desde o agravamento da estiagem, oito ministros se reúnem com frequência para discutir os impactos da estiagem.

Além de Kátia Abreu, participaram da reunião desta quarta-feira, no Palácio do Planalto, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da Integração Nacional, Gilberto Occhi, das Cidades, Gilberto Kassab, do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, de Minas e Energia, Eduardo Braga, da Defesa, Jaques Wagner, e  do Planejamento, Nelson Barbosa.

(Com Agência Brasil)