Técnicos do Banco Central fazem greve por reestruturação de carreira
Os técnicos do BC (Banco Central) começaram nesta-segunda-feira (30) uma paralisação de uma semana. Eles reivindicam o cumprimento de acordos de reestruturação de carreira.
No edifício-sede do BC, em Brasília, os funcionários sentaram-se em cadeiras de plástico na entrada principal e tocaram cornetas.
Os técnicos também protestaram durante a cerimônia de comemoração dos 50 anos da instituição. A solenidade reuniu o presidente do BC, Alexandre Tombini, a diretoria do banco, ex-presidentes e ex-diretores. Enquanto Tombini discursava, os técnicos em greve ficaram de pé e de costas por alguns momentos. Depois, deixaram o auditório. O evento comemorativo foi fechado à imprensa e aberto a todos os servidores da instituição.
Segundo o Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central (Sintbacen), há adesão ao movimento nas nove capitais onde a instituição tem sedes: em Belém, Fortaleza, Salvador, no Recife, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, variando de 50% a 100% dependendo da localidade. Em Brasília, a paralisação tem a adesão de 80% a 90%, segundo o sindicato. Os servidores pedem o cumprimento de acordos de 2005, 2008 e 2012. Eles exigem a modernização da carreira de especialista, que abrange os cargos de analista e técnico.
De acordo com os servidores, os técnicos exercem atividades complexas. Por isso, eles querem a exigência de nível superior para o cargo.
“Há mais de 15 anos a gente já faz atividades de nível superior”, afirma Alexandre Augusto Galvão da Silva, representante do Sintbacen em Curitiba.
Os técnicos também pedem a criação de mais postos, alegando que há um desequilíbrio de quantitativo em relação aos analistas. Segundo o Sintbacen, existem 3.863 analistas e 539 técnicos em atividade.
A paralisação dura até o feriado de sexta-feira (3). Segundo o sindicato, alguns técnicos trabalham em esquema de plantão. Por isso, a interrupção das atividades deve afetar atividades internas na data. Na quinta-feira (2), está prevista uma assembleia para decidir os rumos do movimento.
Procurada, a assessoria de comunicação do Banco Central disse que não se manifestará sobre a paralisação dos técnicos.
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