Trabalhadores do McDonald's protestam nos EUA e pedem US$ 15 por hora
Trabalhadores da rede de lanchonetes McDonald's foram à sede da empresa para reivindicar melhores salários nesta quarta-feira (20). Foi o primeiro de dois dias de manifestações durante o encontro anual de acionistas da empresa. O grupo pede um salário mínimo de US$ 15 (cerca de R$ 45) por hora.
Segundo o Sindicato Internacional de Funcionários de Serviços, 2.500 pessoas participaram da manifestação, embora Deivid Rojas, da campanha Fight for $15, afirmou em comunicado que foram 5.000, número que seria o dobro do protesto do ano passado.
Os funcionários cantaram "O povo unido não será vencido" e "Trabalhamos, suamos e queremos US$15 em nossos cheques".
"Não queremos cupons de comida, queremos US$ 15 e direitos sindicais", disse Adriana Álvarez, que trabalha em um restaurante de Chicago e precisa dos subsídios estatais para manter seu filho de três anos.
Heidi Barker, porta-voz do McDonald's, disse que a corporação não pode influenciar o salário pago por seus franqueados, mas disse que é possível que eles sigam o exemplo do novo diretor-executivo, Steve Easterbrook.
Easterbrook anunciou mês passado que, a partir de 1º de julho, haverá um aumento de US$ 1 por hora no salário mínimo pago pelos restaurantes operados pela empresa, e que até o fim de 2016 o salário médio por hora será de US$ 10.
No entanto, esse aumento beneficiaria somente 90 mil empregados dos 1.500 restaurantes que o McDonald's tem nos Estados Unidos.
Não estão incluídos os 660 mil funcionários de lojas franqueadas, que operam 12.500 unidades em todo o país.
No dia 15 de abril, um protesto pelos direitos dos trabalhadores foi realizado em vários países.
Em São Paulo, manifestantes se reuniram na avenida Paulista, em campanha organizada pela NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores). Segundo a entidade, cerca de 1.000 pessoas participaram da ação naquela ocasião.
(Com Efe e Reuters)
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