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PIB: Brasil perde para México e Chile no 1º trimestre e fica igual a Grécia

Do UOL, em São Paulo

29/05/2015 11h48Atualizada em 29/05/2015 13h51

O desempenho da economia do Brasil, medido pelo PIB (Produto Interno Bruto), foi pior do que o registrado em países da América Latina, como México e Chile, e igual ao da Grécia, um dos países mais afetados pela crise econômica de 2008.

O UOL fez um levantamento de 11 países que já divulgaram seus resultados do primeiro trimestre deste ano, incluindo Estados Unidos, China, países europeus --que estão se recuperando da crise mundial-- e exemplos da América Latina, mais próximos do Brasil. A União Europeia também foi incluída.

Comparação trimestral

A economia brasileira encolheu 0,2% de janeiro a março deste ano, em comparação com os três últimos meses de 2014, divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta sexta-feira (29).

O mesmo desempenho foi obtido pela Grécia: queda de 0,2% na economia. A China teve o melhor resultado, com crescimento de 1,3%. O Chile registrou alta de 1% e a Espanha, de 0,9%

Comparação anual

Quando se compara o desempenho do primeiro trimestre de 2015 com o mesmo período do ano passado, o Brasil aparece em último na lista, com queda de 1,6%, seguido pelo Japão, com baixa de 1,4%.

A China teve o maior crescimento nesse tipo de comparação, saltando 7%, seguida por Estados Unidos (3%) e Espanha (2,6%).

Dados dos EUA são diferentes

Os dados dos Estados Unidos são diferentes dos que foram divulgados nesta sexta (29)pelo IBGE, porque o Departamento de Comércio norte-americano divulga uma taxa anualizada, que indica qual seria o crescimento anual se o mesmo ritmo de expansão fosse registrado por quatro trimestres.

A agência de estatísticas da União Europeia (Eurostat) faz uma adaptação desses números dos EUA para o mesmo padrão usado na Europa e também no Brasil.

O levantamento considerou os dados dos EUA adaptados pela Eurostat.

Comparação é ilustrativa

A comparação entre os PIBs dos países é um exemplo ilustrativo. Cada economia tem suas particularidades e um contexto social diferente.

Normalmente, espera-se que as economias de países emergentes tenham ritmo de crescimento maior do que o de economias já consolidadas, por exemplo.

No entanto, a crise econômica de 2008/2009 fez com que a economia de vários países ricos recuasse; agora, observa-se o começo de uma recuperação nesses países.

Enquanto isso, alguns emergentes enfrentam problemas específicos, como é o caso do Brasil, onde o consumo das famílias e o investimento das empresas está em queda.

A China também é um caso à parte: o crescimento de 7% do seu PIB no primeiro trimestre é muito maior do que o de qualquer país do grupo, mas representa uma desaceleração em relação aos períodos anteriores.