Rombo nas contas externas diminui 23,4% no semestre, para US$ 38,3 bilhões
A diferença das transações de mercadorias e serviços do Brasil com os outros países ficou negativa em US$ 2,547 bilhões em junho. Apesar de negativo, o resultado veio melhor do que o Banco Central esperava (a expectativa era de -US$ 3,5 bilhões) e representa uma melhora em relação ao mesmo mês de 2014, quando o rombo era o dobro: US$ 5,11 bilhões.
No acumulado do primeiro semestre, o rombo nas contas externas brasileiras atingiu US$ 38,282 bilhões. O valor representa uma melhora de 23,39% em relação aos seis primeiros meses de 2014, quando o rombo alcançou US$ 49,972 bilhões.
Os dados são do Banco Central e foram divulgados nesta quarta-feira (22).
O cálculo do indicador considera, além das importações e exportações registradas pela balança comercial, os gastos com serviços e as rendas.
Medido em 12 meses, a diferença entre o que país gastou e o que recebeu nas transações internacionais relativas a comércio, serviços, rendas e transferências unilaterais (agora chamada de renda secundária) foi de US$ 93,051 bilhões, o equivalente a 4,36% do PIB estimado pelo BC. Nos 12 meses encerrados em maio, o deficit tinha sido de 4,41% do PIB.
Para o ano, o BC estima rombo de US$ 81 bilhões, ou 4,17% do Produto Interno Bruto (PIB).
Desde abril, o BC passou a divulgar as estatísticas externas sob nova metodologia internacional. Por ora, os dados da série história foram revisados até janeiro de 2014.
Balança comercial ficou positiva
No mês passado, a conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) contribuiu para o resultado negativo, com US$ 3,432 bilhões de deficit. Na conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) o saldo negativo ficou em US$ 3,744 bilhões.
A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) apresentou resultado positivo de US$ 231 milhões, assim como a balança comercial (exportações e importações), de US$ 4,398 bilhões.
Investimento direto
Quando o país tem deficit em conta-corrente, ou seja, gasta além da renda do país, é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo.
Em junho, o IDP chegou a US$ 5,397 bilhões, acima do estimado pela própria instituição, que esperava US$ 4 bilhões de ingresso para o mês, mas abaixo do resultado de junho de 2014 (US$ 6,569 bilhões).
Com isso, acumula US$ 30,918 bilhões nos seis meses do ano, contra US$ 45,901 bilhões vistos um ano antes. Para 2015, o BC prevê ingresso de US$ 80 bilhões, ou 4,12% do PIB, contra US$ 96,851 bilhões em 2014, 4,13% do PIB.
(Com Agência Brasil, Reuters e Valor)
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