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Inflação desacelera para 0,22% em agosto, mas passa de 9,5% em 12 meses

Reinaldo Canato/UOL
Imagem: Reinaldo Canato/UOL

Do UOL, em São Paulo

10/09/2015 09h03Atualizada em 10/09/2015 10h11

A inflação em agosto ficou em 0,22%, o que representa uma desaceleração em relação a julho, quando os preços haviam subido 0,62%. É a menor alta dos preços para meses de agosto desde 2010, quando o índice ficou em 0,04%. Em agosto do ano passado, a inflação foi de 0,25%. 

Em 12 meses, porém, a inflação atingiu 9,53%. O valor está acima do limite máximo da meta do governo; o objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, ou seja, podendo oscilar de 2,5% a 6,5%.

Em 2015, a inflação de janeiro a agosto chega a 7,06%. É o maior valor para o período desde 2003 (7,22%).

Os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foram divulgados nesta quinta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Economistas esperam alta superior a 9% no ano

De acordo com a última edição do Boletim Focus, levantamento feito pelo Banco Central com instituições financeiras, é esperada inflação de 9,29% neste ano. Após reduzirem a projeção por duas semanas seguidas, os economistas voltaram a aumentar a estimativa na terça-feira (8).

Quando a inflação estoura o teto da meta do governo (6,5%), o presidente do Banco Central precisa redigir uma carta explicando os motivos.

Inflação e juros

A inflação alta tem sido uma das principais dores de cabeça para o Banco Central nos últimos anos. 

A taxa de juros é um dos instrumentos mais básicos para controle da alta de preços.

Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair (obedecendo à lei da oferta e procura), o que, em tese, controlaria a inflação.

Na última reunião, o BC manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 14,25%, interrompendo uma sequência de sete altas. 

Essa taxa de juros é a mais alta desde agosto de 2006, quando ela também estava em 14,25%. 

(Com Reuters)

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