Perfil de crédito da Petrobras continuará sob pressão em 2016, diz agência
A agência de classificação de risco Moody's disse nesta quinta-feira (8) que o perfil de crédito da Petrobras continuará pressionado em 2016, apesar do corte de US$ 18 bilhões na previsão de gastos e investimentos, anunciado no último dia 5.
Pesa contra a empresa as condições econômicas, operacionais e financeiras difíceis que atravessa.
Para proteger sua posição de caixa e manter os níveis de produção, a companhia poderá ter de aumentar novamente os preços dos combustíveis, cortar mais gastos, vender bens ou assumir novas dívidas, segundo relatório da agência.
"Apesar de a redução de gastos proteger o caixa da Petrobras enquanto o lucro operacional cai por conta da desvalorização do real, o perfil de crédito da companhia permanecerá pressionado pelas condições econômicas, operacionais e financeiras", disse a vice-presidente sênior de crédito da Moodys, Nymia Almeida.
Avaliação de agências indica risco de calote aos investidores
Um governo consegue dinheiro vendendo títulos no mercado. Os investidores compram papéis com a promessa de receberem o dinheiro de volta no futuro com juros. Quando um governo tem avaliação ruim, considera-se que há risco de dar um calote e não pagar esses investidores.
Se houver desconfiança sobre essa devolução, fica difícil conseguir vender esses títulos, e o país tem de pagar mais juros aos investidores para compensar o risco maior. O país com mais confiança são os EUA.
O chamado grau de investimento indica aos investidores que uma economia tem baixo risco de dar calote, e que as aplicações financeiras feitas por investidores estrangeiros nesse país terão risco próximo a zero.
Entenda como as agência fazem o cálculo da nota
O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa ou um país.
Ele busca medir a probabilidade de calote de obrigações financeiras. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.
Do ponto de vista econômico, é bastante vantajoso, pois uma vez feito, pode ser utilizado para vários objetivos e por diversas instituições. Com a globalização, o rating se apresenta como uma linguagem universal que aborda o grau de risco de qualquer título de dívida.
Agências de risco falharam na crise
As agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, determinando sua suposta credibilidade financeira, foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009.
Elas deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira.
O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação financeira.
Ele busca mensurar a probabilidade de calote de obrigações financeiras, ou seja, o não-pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião supostamente independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.
(Com Reuters)
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