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Com dólar caro, gasto de brasileiros no exterior cai 43% em novembro

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

21/12/2015 10h48Atualizada em 21/12/2015 12h15

Os brasileiros gastaram em viagens internacionais um total de US$ 971 milhões em novembro, uma queda de 43,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando os gastos com turismo no exterior tinham sido de US$ 1,715 bilhão.

De janeiro a novembro deste ano, essas despesas somaram US$ 16,112 bilhões, contra US$ 23,411 bilhões em igual período do ano passado, o que representa queda de 31,2%.

Os números são do Banco Central (BC) e foram divulgados nesta segunda-feira (21).

O recuo dos gastos de brasileiros no exterior deve-se ao dólar mais alto, que encarece as passagens e as diárias de hotéis calculadas em moeda estrangeira.

Analistas do mercado financeiro projetam que o dólar encerrará este ano cotado a R$ 3,90, e terminará 2016 valendo R$ 4,20

Gasto de estrangeiro no Brasil cai

Já os turistas estrangeiros gastaram US$ 436 milhões no Brasil em novembro, uma queda de 1,5% em relação a novembro do ano passado, quando gastaram US$ 473 milhões.

Com isso, a conta de viagens internacionais (receitas menos despesas) ficou negativa em US$ 505 milhões no mês passado, mas melhorou 59% em relação a novembro de 2014, quando tinha sido negativa em US$ 1,243 bilhão.

No acumulado de janeiro a novembro, essa conta com viagens está negativa em US$ 10,860 bilhões, contra US$ 17,107 bilhões vistos em igual período do ano passado, uma melhora de 37%.

Nova metodologia do BC

Em abril, o BC adotou nova metodologia internacional para medir as contas externas.

Dentro da conta de serviços, onde estão os gastos com viagens, o BC passou a apresentar novas linhas, como serviços de propriedade intelectual (antigos royalties), e telecomunicações, computação e informações, que capta despesas com software, por exemplo.

A nova nota também traz outros serviços --pesquisa, desenvolvimento, publicidade, engenharia, arquitetura, limpeza e despoluição--, e serviços culturais, pessoais e recreativos.

(Com agências)