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Pagar dívida em 2016 é meta mais popular que perder peso, diz pesquisa

Daniel Neri/Arte UOL
Imagem: Daniel Neri/Arte UOL

Do UOL, em São Paulo

05/01/2016 16h02Atualizada em 07/03/2016 13h07

Pagar dívidas para sair do vermelho é o principal desejo dos consumidores brasileiros para 2016. Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a meta vem antes de outras resoluções de ano novo que costumam ser populares, como perder peso.

De acordo com o levantamento, 37% dos consumidores pretendem quitar dívidas atrasadas, enquanto 27,5% querem perder peso. Na lista de metas, também estão praticar atividade física (34,3%) e comprar ou trocar o carro (27,6%). Os dados foram divulgados nesta terça-feira (5).

No total, foram entrevistados 600 homens e mulheres com mais de 18 anos em todo o país. A soma total é superior a 100% porque os entrevistados puderam escolher mais de uma meta.

Dos brasileiros que têm contas em atraso, 59,6% pretendem pagá-las nos próximos seis meses, mas 38,1% não têm previsão de quando conseguirão quitá-las.

Expectativa para o país

A pesquisa também mostra quais são as expectativas dos consumidores quanto à situação econômica do país em 2016.

Segundo o levantamento, 31% dos entrevistados acreditam que a situação será pior do que no ano passado, enquanto que 37% veem um cenário melhor neste ano. 

Dentre os pessimistas, as principais consequências esperadas com a piora do cenário econômico são fazer menos compras (55,6%), reduzir o consumo de produtos supérfluos (48,4%) e ter maior dificuldade para economizar e guardar dinheiro (45,4%).

Mudança de hábitos

Ainda segundo a pesquisa, para superar os problemas causados pela crise econômica, a maior parte dos consumidores pretende organizar as contas da casa (56,3%).

Em seguida, vem a intenção de evitar o uso do cartão de crédito (36,4%), evitar parcelar compras (33,8%) e pagar a maioria das compras à vista (32,7%).

De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, as medidas citadas pelos entrevistados podem fazer diferença no bolso ao longo do ano. 

"O consumidor sabe que as compras parceladas representam risco de endividamento, situação que poderia fugir ainda mais ao controle em caso de desemprego", diz. 

Metodologia

O SPC Brasil entrevistou 600 pessoas de ambos os sexos e acima de 18 anos, de todas as classes sociais em todas as regiões brasileiras. A margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%.