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Petrobras tem 2º maior prejuízo anual entre empresas na Bolsa em 30 anos

Do UOL, em São Paulo

22/03/2016 12h29

A Petrobras (PETR4) (PETR3) registrou em 2015 o segundo maior prejuízo anual entre empresas com ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira desde 1986, início da série histórica da consultoria Economatica. 

No ano passado, a petroleira teve prejuízo de R$ 34,836 bilhões. O valor só não é maior do que o prejuízo de R$ 44,213 bilhões contabilizado pela mineradora Vale (VALE3) (VALE5) também em 2015.

O balanço da Petrobras foi divulgado na última segunda-feira (21), após o fechamento do mercado. Foi o segundo balanço anual da companhia sob a sombra da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção bilionário envolvendo a petroleira.

Além disso, a Petrobras registrou o quinto maior prejuízo entre as empresas da Bolsa em 2014, segundo a consultoria. Naquele ano, a empresa perdeu R$ 21,587 bilhões (R$ 23,891 bilhões ajustados pela inflação).

Na análise, foram consideradas todas as empresas que tiveram ações negociadas na Bovespa desde 1986, mesmo aquelas que já fecharam capital.

Valor de mercado

Desde o seu maior valor de mercado já registrado, a Petrobras perdeu R$ 389 bilhões em valor, de acordo com o levantamento da Economatica.

O valor de mercado das empresas de capital aberto é calculado multiplicando o total de ações pelo preço de cada ação. 

Em 21 de maio de 2008, quando atingiu seu maior valor de mercado, a petroleira valia R$ 510,4 bilhões. Ao final da última segunda-feira (21), o valor da companhia era de R$ 121,4 bilhões.

Apesar da perda, a Petrobras acumula valorização de R$ 20,1 bilhões em 2016 (até 21 de março). Em 31 de dezembro de 2015, a estatal valia R$ 101,3 bilhões.

Outros grandes prejuízos

A terceira maior perda entre as empresas com ações na Bolsa, segundo a consultoria, foi a do extinto Banco Nacional, em 1995 (R$ 26,455 bilhões), seguido pelo Banco do Brasil (BBAS3), em 1996 (R$ 24,806 bilhões).

O setor bancário é o que mais aparece entre os 20 maiores prejuízos (seis vezes) desde 1986. Os setores de energia elétrica e petróleo e gás têm a segunda maior presença, cada um aparece quatro vezes.

Todos os valores foram ajustados pela inflação oficial (IPCA) até 31 de dezembro de 2015.