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Gerdau divulga nota defendendo executivos indiciados por fraude à Receita

Polícia indicia empresário André Gerdau e mais 18 por fraude à Receita  -
Polícia indicia empresário André Gerdau e mais 18 por fraude à Receita

Do UOL, em São Paulo

18/05/2016 19h04Atualizada em 18/05/2016 19h07

A Gerdau divulgou um comunicado ao mercado, nesta quarta-feira (18), afirmando que seus executivos não cometeram crimes de fraude à Receita Federal. Na segunda-feira (16), a Polícia Federal indiciou o empresário André Gerdau, presidente da companhia, por corrupção ativa. Mais 18 investigados também foram indiciados.

A companhia disse que teve acesso ao relatório que indicia André Gerdau e mais dois ex-executivos e negou que eles tenham participado do crime. 

"Nenhuma importância foi paga ou repassada aos escritórios externos do caso específico e os contratos foram rescindidos quando os nomes dos prestadores de serviço investigados foram veiculados na imprensa por suspeitas de ações ilícitas", afirma a companhia, em nota.

Investigada sonegação de R$ 1,5 bi

A polícia investiga um esquema de corrupção para manipular decisões no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), uma espécie de tribunal da Receita Federal. O objetivo era evitar que as empresas envolvidas tivessem que pagar multas milionárias ao Fisco.

No caso da Gerdau, há acusações de que a empresa teria tentado sonegar até R$ 1,5 bilhão.

Outras grandes empresas e empresários estão sendo investigadas em decorrência da mesma operação.

Robert de Macedo Rittcher e Paulo Arantes Ferraz, presidente e ex-presidente da MMC Automotores, representantes da Mitsubishi no Brasil, foram condenados a 4 anos e 2 meses de prisão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

A Justiça também aceitou denúncia do Ministério Público contra o banqueiro bilionário Joseph Safra, acionista majoritário do grupo Safra.

Em ocasiões anteriores, todos negaram as acusações.

Esquema continuou após investigação, diz PF

A 6ª fase da Zelotes foi deflagrada em 25 de fevereiro de 2015. Policiais federais cumpriram medidas judiciais em cinco unidades da federação.

Durante a investigação, foi constatada a existência de um esquema para manipular e influenciar decisões do Conselho de Recursos Administrativos (Carf), por meio da corrupção de conselheiros, para beneficiar empresas que tinham sido condenadas em instâncias inferiores.

A empresa siderúrgica brasileira Gerdau, que possui operações industriais em 14 países, fechou contratos com escritórios de advocacia e consultorias para participar desse esquema, segundo a polícia.

Mesmo após o começo da Operação Zelotes, em 26 de março de 2015, a polícia diz ter encontrado evidências de que o esquema continuou operando, com conselheiros e ex-conselheiros do Carf, advogados e a Gerdau.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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