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BC começa hoje reunião sobre juros; para analistas, taxa continua em 14,25%

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Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

30/08/2016 06h00

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central começa nesta terça-feira (30) uma reunião de dois dias para decidir a Selic, a taxa básica de juros do país. Esse será o sexto encontro do Copom neste ano.

A taxa está em 14,25% ao ano desde julho do ano passado. Nas últimas oito reuniões, o BC decidiu manter a Selic no mesmo nível. É o período mais longo de estabilidade desde que o regime de metas de inflação foi implantado, em 1999.

A tendência é que a taxa seja mantida nesta semana, na opinião da maioria dos analistas de mercado consultados pelo BC para o Boletim Focus e também na avaliação de economistas consultados pela agência de notícias Reuters. 

Ainda de acordo com pesquisa da Reuters, a taxa deve cair 0,25 ponto percentual em outubro e 0,50 em novembro, chegando ao fim deste ano a 13,5%. 

Juros X Inflação

Os juros são usados pelo Banco Central para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a caírem. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo. 

A meta é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 2 pontos, ou seja, pode variar entre 2,5% e 6,5%.

Porém, a inflação está bem acima desse limite máximo: chegou 8,74% em 12 meses, segundo os dados mais recentes do IPCA, referentes a julho.

Subir os juros seria uma opção para tentar conter a alta de preços, mas os juros já estão altos e, além disso, o país está em recessão. Uma nova alta poderia fazer a economia encolher ainda mais.

Juros para o consumidor são mais altos

A Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros (financiamentos) e para remunerar investimentos corrigidos por ela. 

Ela não representa exatamente os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.

Segundo os últimos dados divulgados pelo BC, a taxa de juros do cheque especial subiu em julho e atingiu 318,4% ao ano, e os juros do rotativo do cartão de crédito ficaram em 470,7% ao ano.

(Com Reuters)

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