Temer diz, em vídeo, que jornada de 12 horas seria para 4 dias de trabalho
A ideia de ter uma jornada de trabalho de 12 horas diárias seria para que as pessoas trabalhassem apenas quatro dias por semana, disse o presidente Michel Temer, em vídeo publicado na noite desta quarta-feira (14) na página do Palácio do Planalto no YouTube.
"(...) talvez o trabalhador, se quisesse trabalhar 12 horas por dia, ele trabalharia apenas 4 dias por semana, somando, portanto, 48 horas –44 normal e, ainda, 4 horas extras. Mas, com isso, ele teria ou 3 dias de folga, ou, se quisesse, esses 2 ou 3 dias ainda poderia trabalhar em outra empresa (...)", afirmou Temer.
Declarações sobre a reforma trabalhista causaram repercussão negativa na semana passada. Na quinta-feira (8), foi noticiado que o governo pretendia aumentar a jornada diária de trabalho de 8 para 12 horas. A informação foi divulgada após reunião do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, com sindicalistas em Brasília.
O Palácio do Planalto ficou "muito irritado" por acreditar que este tipo de declaração "precisa ser feita com muita cautela", com a devidas explicações, "para evitar erros de interpretação." No mesmo dia, o ministro se apressou para acrescentar que continuaria valendo o limite máximo de 48 horas de trabalho por semana.
'Matéria foi somente discutida'
Em seu vídeo, Temer afirma, ainda, que a mudança de jornada diária de trabalho se tratou apenas de uma possibilidade discutida pelo ministro com os sindicalistas.
"Eu deixo claríssimo para você: essa matéria foi somente discutida, e nada mais do que discutida. Se um dia for, digamos assim, acolhida pela força dos trabalhadores, será para que o trabalhador trabalhe apenas 4 dias, e não 12 horas por dia durante 7 dias. Fica claro isso? Muito obrigado."
Vídeo sobre FTGS
Na véspera, Temer apareceu em outro vídeo afirmando que não existe qualquer pensamento no governo de acabar com o direito ao saque de valores do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) por trabalhadores demitidos sem justa causa.
"De vez em quando se divulgou que quem tivesse perdido o seu emprego por despedida injusta não poderia sacar os valores do FGTS. Não é verdade. Esse é o primeiro esclarecimento que quero fazer, não há nenhum pensamento a respeito dessa matéria no governo. O fundo de garantia continuará a exercer o seu papel que vem exercendo ao longo do tempo", disse.
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