IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Mais um executivo da VW é preso após fraude do diesel, dizem fontes

Do UOL, em São Paulo

09/01/2017 13h19

Um executivo da Volkswagen foi preso no fim de semana pelo FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, acusado de conspiração para fraude nos EUA, segundo fontes ouvidas pela agência de notícias Associated Press e pelo jornal norte-americano "The New York Times". A prisão está ligada ao caso de fraude em testes de emissões de poluentes para fazer os carros da companhia parecerem mais limpos do que são.

Oliver Schmidt comandou o departamento de fiscalização da empresa nos EUA entre 2014 e março de 2015. De acordo com o "NYT", o executivo foi preso no sábado no Estado da Flórida e deve ser levado a um tribunal de Detroit nesta segunda-feira (9).

Procurada pelo UOL, a VW nos EUA não confirmou a prisão. Disse apenas que "continua cooperando com o Departamento de Justiça para resolver questões pendentes com os Estados Unidos". A empresa afirmou que "não seria apropriado fazer mais comentários sobre investigações em andamento ou discutir assuntos pessoais".

O jornal britânico "Financial Times", porém, diz que a montadora confirmou a prisão de Schmidt.

Na sexta-feira, outro executivo da Volkswagen havia sido condenado a um ano e seis meses de prisão na Coreia do Sul, por produzir documentos falsos sobre a emissão de poluentes e nível de ruído nos automóveis. Ele foi identificado apenas pelo sobrenome Yun.

Fraude em testes de poluentes

Em Setembro de 2015, a VW admitiu ter usado um sofisticado programa integrado a seus carros para burlar testes de emissões do escapamento, com milhões de veículos afetados no mundo. A fraude permitia que veículos vendidos nos EUA desde 2009 emitissem até 40 vezes mais poluentes que o permitido legalmente.

Mais tarde, a empresa admitiu que o software foi instalado também em veículos com motores diesel 3.0.

O escândalo comprometeu as operações globais da montadora alemã e sua reputação, culminando na saída do presidente do grupo nos Estados Unidos, Michael Horn. 

(Com AP e Reuters)