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É melhor levar a carteira de trabalho se for à agência da Caixa sacar FGTS

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Imagem: iStock

Carlos Madeiro e Ricardo Marchesan

Do UOL, em Maceió (AL) e São Paulo

10/03/2017 10h25Atualizada em 10/03/2017 12h20

Alguns trabalhadores que foram às agências da Caixa Econômica Federal para sacar o dinheiro de contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ou tirar dúvidas se depararam com um problema: havia algum problema no registro das informações --por exemplo, se a conta inativa ainda aparece como ativa-- e, para corrigir, era preciso apresentar a carteira de trabalho.

Segundo a Caixa, só é obrigatório apresentar a carteira quem for sacar mais de R$ 10 mil de uma das contas. Porém, em caso de falha no registro das informações, é preciso apresentar a carteira de trabalho e, se possível, a rescisão de contrato para comprovar a situação do trabalhador e corrigir os dados no sistema do FGTS.

Portanto, para todos que forem às agências da Caixa, é melhor levar também a carteira de trabalho e, se possível, a rescisão do contrato.

Dinheiro cai em até 5 dias úteis

Caso o trabalhador esteja nessa condição, ele vai poder sacar o dinheiro, mas somente após as informações serem corrigidas. Feito isso, a transferência do dinheiro do sistema do FGTS para a Caixa leva até cinco dias úteis, segundo o superintendente regional da Caixa em São Paulo, Sergio Cançado.

Pode ser que o dinheiro fique disponível para saque antes desse prazo. Para confirmar, o trabalhador precisa acessar o site da Caixa ou voltar à agência.

Chegou primeiro, mas saiu sem nada

Vendedor - Edson Lopes Jr./UOL - Edson Lopes Jr./UOL
Vendedor chegou primeiro a agência da Caixa em SP, mas saiu sem o dinheiro
Imagem: Edson Lopes Jr./UOL

Esse foi o caso do vendedor Eric Cézar Cerqueira, 40, o primeiro a chegar à agência da Caixa na rua 7 de abril, no centro da capital paulista.

Ele conta que tinha cerca de R$ 500 para sacar, mas a empresa onde trabalhou não tinha "dado baixa" em seu emprego. Conseguiu regularizar as informações, mas só poderá sacar o valor em cinco dias úteis, na próxima sexta-feira (17).

"Fiquei (decepcionado). Pensava que ia sair com o dinheiro na mão", afirma. "Agora é esperar. Tudo bem".

Presidente da Caixa visita agência

Occhi - Carlos Madeiro/ UOl - Carlos Madeiro/ UOl
Presidente da Caixa, Gilberto Occhi, visita agência em Gruta de Lourdes, em Maceió (AL)
Imagem: Carlos Madeiro/ UOl

"Uma coisa que estamos percebendo muito é a falta de registro nos sistemas do FGTS de desligamento do empregado. Essa é uma situação muito recorrente. O empregado se desliga da empresa e ela apaga os direitos dele, mas não dá a baixa no contrato de trabalho no sistema do fundo de garantia", disse nesta sexta-feira (10) o presidente nacional da Caixa, Gilberto Occhi.

Occhi esteve na agência do bairro de Gruta de Lourdes, em Maceió (AL), para fiscalizar o atendimento ao público. Ele também respondeu a dúvidas de alguns trabalhadores que estavam na agência.

Nessas situações, Occhi diz que está sendo exigida a carteira de trabalho e, se possível, a rescisão contratual para comprovar a situação do FGTS.

"Quando o trabalhador vem aqui, estamos pedindo a carteira profissional para que ele possa apresentar o desligamento dele. E, se ele tiver o termo de rescisão, ajuda mais ainda, porque tem o código do motivo da saída dele: se foi demitido por justa causa, sem justa causa, se ele pediu demissão, se a empresa fechou. Tudo isso é importante para que haja segurança no pagamento."

Cadastro atualizado

Segundo Occhi, a Caixa também pede que os trabalhadores mantenham seus dados atualizados.

"Estamos pedindo muito aqui é que o trabalhador cadastre o seu celular nos nossos sistemas. Aqui mesmo temos condição de fazer isso. É importante porque a Caixa, mensalmente, na medida em que o depósito vá ocorrendo, ele receba um SMS. É uma forma de acompanhamento da evolução do saldo", diz.

Com reportagem adicional de Flávio Ilha, em Porto Alegre (RS), Lucas Cunha, em Salvador (BA), Marcela Lemos, no Rio, Rafael Moro Martins, em Curitiba (PR), Renta Tavares, em Uberlândia (MG), e Thiago Varella, em Campinas (SP)

Saiba como sacar o dinheiro das contas inativas do FGTS

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