IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Economia brasileira deve crescer 2,5% no ano que vem, projeta governo

Do UOL, em São Paulo

07/04/2017 16h04

A economia brasileira deve crescer 0,5% em 2017. Em 2018, o avanço o PIB (Produto Interno Bruto) será de 2,5%. As projeções do governo foram anunciadas nesta sexta-feira (7) pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

"São números conservadores, é provável que cresçam mais", disse o ministro, durante anúncio sobre a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2018, que deve ser enviada para o Congresso Nacional até 15 de abril. 

Rombo de R$ 129 bilhões

O governo aumentou hoje a previsão de rombo nas contas para o ano que vem. A meta é de um deficit primário de R$ 129 bilhões para o governo central (governo federal, Banco Central e Previdência) em 2018, informou Meirelles, muito acima da previsão anterior de um rombo de R$ 79 bilhões.

A projeção para 2017 é de um rombo de R$ 139 bilhões. 

"Estamos fazendo um projeção realista, que mostra uma melhora substancial em relação aos anos anteriores", afirmou o ministro. 

Os números não incluem os possíveis resultados da reforma da Previdência, caso a proposta seja aprovada. De acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, a projeção de deficit da Previdência para 2018 é de R$ 202,2 bilhões. Para 2017, a previsão é de R$ 188,8 bilhões.

O governo também anunciou nesta sexta-feira que vai propor salário mínimo de R$ 979 em 2018.

Impostos 

Segundo o ministro Henrique Meirelles, não há previsão de aumento de impostos em 2018. 

Na semana passada, o governo anunciou um corte de R$ 42,1 bilhões em despesas públicas federais para cobrir um rombo extra de R$ 58,2 bilhões no Orçamento deste ano.

Além de cortar gastos, o governo também anunciou duas medidas para aumentar a arrecadação. A primeira foi a retomada da cobrança de impostos de empresas de 54 setores da economia, que tinham direito ao desconto sobre a folha de pagamento --a chamada desoneração. A segunda foi o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) cobrado das cooperativas de crédito.

As medidas da semana passada têm o objetivo de manter o cumprimento da meta fiscal de 2017, que prevê rombo R$ 139 bilhões nas contas públicas.

(Com Reuters)