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BRF diz que foi autorizada a reativar frigorífico em Goiás após Carne Fraca

Li Ming/Xinhua
Imagem: Li Ming/Xinhua

Do UOL, em São Paulo

08/04/2017 11h51Atualizada em 10/04/2017 12h06

A empresa de alimentos BRF informou neste sábado (8) que recebeu autorização para reativar a fábrica de Mineiros (GO) e que pretende reiniciar nos próximos dias os trabalhos na unidade paralisada pelos desdobramentos da operação Carne Fraca.

"A BRF informa que foi autorizada a retomar as atividades em sua unidade de Mineiros. Os trabalhos devem ser reiniciados nos próximos dias", afirmou a empresa, sem dar mais detalhes, em comunicado à imprensa.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a autorização para retomada do funcionamento da BRF de Mineiros foi dada na sexta-feira (7), mas "a produção só pode ser comercializada mediante análise prévia dos auditores fiscais federais agropecuários".

A unidade da BRF em Mineiros (GO) estava totalmente interditada. A interdição aconteceu desde o início da operação Carne Fraca, da Polícia Federal.

Análise apontou água demais no frango

O governo divulgou nesta semana o resultado de análises feitas em 302 amostras de 21 empresas --entre elas, a BRF de Mineiros (GO). No caso específico desta empresa, não foram encontradas bactérias nem problemas que representem risco à saúde, mas foi detectado excesso de água no frango. Segundo o ministério, a companhia foi notificada e os produtos foram recolhidos.

Em resposta, a BRF informou que existem variáveis que podem interferir nos resultados dos testes de frangos congelados coletados nos centros de distribuição, como condições de transporte. A BRF disse também que já solicitou contraprova ao ministério e que, até uma resposta definitiva, os produtos permanecerão retidos, "apesar da inexistência de riscos à saúde do consumidor".

Carne estragada

Operação Carne Fraca da Polícia Federal revelou um esquema de pagamento de propina a fiscais agropecuários para liberar carnes adulteradas sem fiscalização.

Segundo a PF, as empresas teriam usado substâncias para "mascarar" a aparência de carnes podres, utilizando carne estragada na composição de salsichas e linguiças, cometido irregularidades na rotulagem e na refrigeração das peças e usado mais água que o permitido em frangos.

(Com Reuters)