Atividade econômica cai 0,44% no mês, mas cresce 1,12% no trimestre, diz BC
A atividade econômica teve queda de 0,44% em março na comparação com fevereiro, segundo o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma "prévia" do PIB (Produto Interno Bruto). No acumulado do primeiro trimestre, o indicador cresceu 1,12% em relação ao trimestre anterior.
Esses números consideram o chamado ajuste sazonal. Quando são comparados dados de períodos diferentes (ex: março em relação a fevereiro, ou 1º trimestre em comparação com o 4º trimestre), analistas costumam descontar as diferenças sazonais. Quando são analisados períodos iguais, mas de anos diferentes (ex: março de 2017 e março de 2016), não é necessário aplicar esse ajuste.
Veja outras comparações:
- 1º trimestre/2017 em relação a 4º trimestre/2016
- com ajuste sazonal: +1,12%
- sem ajuste sazonal: +0,03%
- 1º trimestre/2017 em relação a 1º trimestre/2016
- com ajuste sazonal: -0,04%
- sem ajuste sazonal: +0,29%
IBC-Br
O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.
O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
Os dados oficiais, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostraram que a economia brasileira encolheu 3,6% no ano passado. Os dados relativos ao primeiro trimestre devem ser divulgados em 1º de junho.
Economistas ouvidos pelo Banco Central esperam que o PIB cresça 0,5% neste ano, enquanto o próprio BC prevê crescimento de 0,5%.
(Com Reuters)
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