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De tostão a moeda que vale R$ 35 mil: exposição conta história do dinheiro

Do UOL, em São Paulo

27/05/2017 04h00

Tostões, vinténs, cruzados e até um dobrão de ouro avaliado em R$ 35 mil são algumas das moedas e cédulas que podem ser vistos na exposição Moedas do Brasil e da América Latina, em São Paulo.

O evento conta a história do dinheiro e exibe exemplares que já circularam no país desde a época da coroa portuguesa. Há também peças de outros países, como como Cuba, Uruguai e Honduras.

A exposição vai até 30 de julho no Memorial da América Latina, na Barra Funda. O evento é realizado em parceria com o Banco Central. A entrada é gratuita.

Patacas e dobrões

Entre os destaques da mostra estão as patacas, moedas que circularam no Brasil por mais tempo: 139 anos (de 1695 a 1834). A série é formada por moedas de 20, 40, 80, 160, 320 e 640 réis. Foi a de 320 réis, chamada de pataca, que acabou dando nome à série.

A exposição no Memorial também explica a origem da expressão "cara ou coroa". As primeiras moedas cunhadas no Brasil, em 1727, tinham o rosto do rei em um dos lados, e as armas da coroa portuguesa no outro.

Há também um dobrão de ouro de 20 mil réis, com 53,78 gramas, umas das moedas de maior peso em ouro que circulou no mundo, segundo o Banco Central. A série de moedas da qual faz parte foi cunhada de 1724 a 1727, no apogeu do ciclo do ouro no Brasil. No mercado de colecionadores, ele chega a ser vendido por R$ 35 mil.

Réplica da moeda mais valiosa do BC

A exposição tem também uma réplica da moeda mais valiosa da coleção do BC e uma das mais raras do Brasil: a de 6.400 réis, de 1822. Em 2014, um exemplar foi leiloado por US$ 499 mil em Nova York (EUA).

Ela é conhecida como "Peça da Coroação" porque dom Pedro 1º mandou cunhá-la para comemorar sua coroação como imperador do Brasil. Não ficou satisfeito com o resultado e mandou suspender a produção. Por isso, foram feitas só 64 moedas.

No Memorial da América Latina está exposta uma réplica. A original está no Museu de Valores do BC, em Brasília.

Serviço:

  • Data: até 30 de julho
  • Horário: de segunda a sexta, das 9h às 18h; sábado, das 9h às 15h
  • Local: Memorial da América Latina, biblioteca Latino-americana; av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda, São Paulo (SP); acesso: portões 1, 2 e 5
  • Entrada Gratuita

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