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A inflação na sua casa não caiu? Entenda por que ela é diferente da oficial

Do UOL, em São Paulo

07/07/2017 14h47Atualizada em 07/09/2018 14h25

Os índices de inflação são usados para medir a variação dos preços e o impacto no custo de vida da população.

A inflação que as pessoas sentem no bolso é bem maior que o índice oficial. Isso é normal e não quer dizer que o dado oficial seja fraudado.

O índice geral é calculado com base numa cesta de centenas de produtos (como tomate, sabonete e celular, por exemplo). Essa cesta varia conforme o índice (IPCA, INPC, IGP-M). São mais de 400 itens no IPCA, a inflação "oficial" do país.

Cada item dessa lista tem um peso relativo no índice geral. Se o preço do tomate sobe 50%, o consumidor paga isso, mas a inflação geral não será de 50%, porque o tomate tem uma certa influência na cesta, mas existem muitos outros produtos a serem considerados nessa conta.

É uma combinação disso que faz chegar ao índice. Cada pessoa consome uma quantidade, um tipo e uma marca diferente de cada produto. Por isso o cálculo é complexo.

Esses produtos e seu peso variam conforme a faixa de renda da população. Por isso, existem diferentes índices de inflação.

O mais citado é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), usado como “oficial” pelo governo. Quando se fala que a meta da inflação está sendo cumprida ou estourou é a esse índice que se refere.

Mas há muitos outros, como INPC, IPC-Fipe, IPC-S e IGP-M.

Cada índice tem uma metodologia diferente, e a medição é feita por diversos órgãos especializados, como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a FGV e a Fipe.

Entre as diferenças de método, estão os dias em que os índices são apurados, os produtos que incluem, o peso deles na composição geral e a faixa de população estudada.