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Vendedor de esterco do interior de SP usa slogan inusitado e bomba na web

Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal

Wagner Carvalho

Colaboração para o UOL, em Bauru (SP)

01/11/2017 04h00Atualizada em 02/10/2018 17h18

De Bauru (329 km de São Paulo) para o mundo. Um anúncio inusitado criado pelo representante comercial Paulo Silvestre, 49, para aumentar as vendas de esterco o fez "bombar" nas redes sociais e atrair interesse até em outros países. 

Ele criou um cartão de visita com os dizeres: "Precisando de esterco? Fale com o Paulo Bosta, empresário de merda". Fez também um cartaz com as frases, tirou uma foto segurando o anúncio, e um colega postou a imagem nas redes sociais, por brincadeira.

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O caso se espalhou pela internet. Paulo diz que já recebeu contatos de seis países, entre eles Canadá, França, Itália e Portugal. "Alguns querem saber se é verdade ou brincadeira, se eu existo mesmo. Outros querem saber se eu exporto o produto para seus países", conta.

Relacionamento com clientes melhorou

Desde 2009, Paulo compra esterco de granjas e revende para usinas de cana de açúcar e outras propriedades rurais, que usam o esterco natural (chamado de fundo de granja) para adubação. O esterco é vendido "colocado" (entregue diretamente na propriedade rural e espalhado no solo) ou ensacado. 

Paulo Bosta - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Paulo compra esterco de granjas e revende para usineiros e outras propriedades rurais
Imagem: Arquivo pessoal

O representante comercial conta que o anúncio inusitado nasceu da intenção de quebrar o gelo e tentar conquistar novos clientes. 

"Eu mexo muito com propriedade rural, usinas, e quando a gente chegava não passava nem da porteira. Agora, com o cartão, é impossível não rir com a abordagem. A recepção mudou, a pessoa manda entrar, e você tem mais chance de ganhar o cliente", afirma.

Repercussão assusta

Paulo não revela o faturamento nem o lucro. Segundo ele, ainda não dá para calcular o impacto da propaganda nas vendas, mas ele afirma que os pedidos aumentaram. 

"Estou meio assustado com a repercussão. Tem gente de Manaus, Maranhão e do Tocantins querendo comprar o produto, mas a logística para a entrega encarece muito e, por enquanto, torna inviável essas vendas", diz.

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