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Ministro defende liberação de verbas para conseguir aprovação de reforma

Felipe Rau/Estadão Conteúdo
Imagem: Felipe Rau/Estadão Conteúdo

Ricardo Marchesan

Do UOL, em São Paulo

11/12/2017 10h51

O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Wellington Moreira Franco, defendeu nesta segunda-feira (11) a liberação de verbas para convencer deputados a votar favoravelmente à reforma da Previdência.

“O que for razoável, o que for justo, o governo faz”, afirmou Moreira Franco durante debate sobre a reforma organizado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

Ele negou, porém, que haja “negociações clandestinas, escusas, por atalhos”.

Não há nenhuma imoralidade no deputado colocar a necessidade de ter recursos para fazer uma estrada, para melhorar o serviço de abastecimento, para melhorar as condições de saneamento, hospital.

Wellington Moreira Franco

O governo intensificou nas últimas semanas o esforço para conseguir os 308 votos necessários para a aprovação da proposta na Câmara.

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Início dos debates

Segundo Moreira Franco, os debates sobre a reforma no plenário estão programados para começar nesta quinta-feira (14). Para garantir a aprovação, porém, o governo precisa dos votos do PSDB, terceiro maior partido da Câmara, como já disse o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Moreira Franco desconversou sobre a indefinição dos tucanos se irão ou não fechar questão sobre a matéria.

“Isso é um problema do governador (Geraldo) Alckmin, que agora é o presidente do partido” disse o ministro.

Temer cogita votação em 2018

Diante da dificuldade em atingir os votos necessários, o presidente Michel Temer admitiu a possibilidade de a votação ficar para 2018. Perguntado sobre a declaração, Moreira Franco evitou falar em datas.

“O fato é o seguinte: começamos a discussão na quinta-feira, e o objetivo é que se vote o mais rápido possível.”

O PMDB, partido de Moreira Franco e Temer, fechou questão sobre a votação. O partido, porém, não determinou qual será a punição para os deputados “traidores”.

“Da outra vez que fechou questão, puniu. Evidentemente se for fechar questão e dizer qual é a punição, você está ameaçando, você não está fechando questão“, disse o ministro.

Gastos com a Previdência

Durante o debate, Moreira Franco voltou a defender a urgência da necessidade da reforma para conter os gastos crescentes com a Previdência.

Ele disse que, com as mudanças, as contas públicas “vão melhorar” e que o Brasil poderá ter no ano que vem “o início de um ciclo virtuoso”.