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Preço do tomate sobe mais de 45% em janeiro; veja outros alimentos

Do UOL, em São Paulo

08/02/2018 11h20

Os preços dos alimentos ajudaram na queda da inflação em 2017, mas voltaram a acelerar em janeiro, segundo o IBGE. O tomate, que já foi motivo de piada na internet em 2016 por causa dos preços altos, ficou 45,71% mais caro e liderou as altas no mês passado. 

No geral, a inflação do grupo de alimentação e bebidas acelerou de 0,54% em dezembro do ano passado para 0,74% em janeiro. (Veja a lista das principais altas abaixo)

IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no país, fechou o primeiro mês do ano em 0,29%, após ficar em 0,44% em dezembro. No acumulado de 12 meses, o IPCA ficou em 2,86%. 

A meta em 2018 é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 1,5 ponto, ou seja, pode variar entre 3% e 6%. As informações foram divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (8).

Alimentos

Segundo Fernando Gonçalves, gerente de Índice de Preços do IBGE, os preços do tomate tiveram destaque por conta da oferta menor do produto em janeiro. "No final do ano passado, com o clima mais quente, o fruto amadureceu mais rápido e, em janeiro, já havia sido consumido", diz. 

De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), que pesquisa os preços de produtos da cesta básica nas capitais brasileiras, o preço médio do quilo do tomate em janeiro era de R$ 5,79 em São Paulo, mas chegava a R$ 6,04 em Manaus. 

Entre os alimentos, os principais produtos com alta, segundo o IBGE, foram:

  • tomate (+45,7%)
  • cenoura (+18,54%)
  • batata (+10,85%)
  • cebola (+7,98%)
  • hortaliças (+4,26%)
  • frutas (+4,08%)
  • pão de forma (+2,65%)
  • pescados (+2,14%)
  • bolo (+1,62%)
  • queijo (+1,41%)
  • biscoito (+0,52%)
  • carnes (+0,46%)

Os principais alimentos em queda em janeiro foram: 

  • feijão-carioca (-3,32%)
  • alho (-3,31%)
  • leite em pó (-1,59%)
  • óleo de soja (-0,87%)
  • farinha de mandioca (-0,78%)
  • ovos (-0,75%)
  • açúcar refinado (-0,72%)
  • chocolate em barra e bombom (-0,69%)
  • leite longa vida (-0,68%)
  • frango em pedaços (-0,49%)

Inflação abaixo da meta em 2017

A inflação fechou 2017 em 2,95% e ficou abaixo do limite mínimo da meta do governo pela primeira vez na história. Foi a menor inflação anual desde 1998 (1,65%).

No início deste ano, o atual presidente do banco, Ilan Goldfajn, enviou carta ao ministro Henrique Meirelles dizendo que a meta não foi cumprida no ano passado devido à queda nos preços dos alimentos, após safras recordes. 

A carta é uma exigência em caso de descumprimento da meta de inflação. 

(Com agências de notícias)

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