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Quer saber quanto vai ganhar de aposentadoria do INSS? Veja como calcular

Thâmara Kaoru

Do UOL, em São Paulo

17/04/2018 04h00

Os trabalhadores que já podem pedir a aposentadoria e têm curiosidade em saber qual será o valor do benefício podem fazer uma simulação no site do INSS.

As simulações não têm validade legal, mas servem para o segurado ter uma ideia de quanto receberá. Podem ajudar também a descobrir se é melhor esperar para ter um benefício maior.

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Confira o passo a passo do que fazer para saber o valor da aposentadoria:

1) Faça um cadastro no site do INSS

Para simular o valor do benefício, é preciso saber o tempo total de contribuição e os salários recebidos. Essas informações podem ser encontradas no site Meu INSS. Quem não tem cadastro precisa fazer aqui. É preciso informar os seguintes dados:

  • CPF
  • Data de nascimento
  • Nome completo
  • E-mail
  • Celular
  • Nome da mãe
  • Estado em que nasceu

O sistema fará perguntas sobre o histórico de trabalho e contribuições (ano de admissão do seu último emprego com carteira assinada, em quais empresas trabalhou e se recebeu algum benefício do INSS nos últimos anos, por exemplo). Após responder às questões, você receberá uma senha provisória, que deverá ser trocada logo no primeiro acesso.

2) Descubra o tempo total de contribuição

INSS - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução
Há duas formas de descobrir o tempo de contribuição:

  • Simulação automática

Ao fazer login e clicar em ?Simulação de Tempo de Contribuição? (13º item, ao lado esquerdo da tela), o site informa os vínculos de trabalho registrados no sistema do INSS. Se clicar em "Simular", será detalhado o tempo total de contribuição em anos, meses e dias. Depois, se clicar em "Detalhar", será possível ver também o período em que trabalhou em cada empresa.

Se o trabalhador notar que algum período trabalhado não está no cadastro do INSS, poderá adicionar manualmente esse tempo para a simulação, mas deve lembrar que, ao pedir a aposentadoria, precisará comprovar o trabalho ao INSS.

  • Simulação manual

É possível também calcular manualmente o tempo de contribuição. Será preciso informar a data de nascimento, o sexo e clicar no símbolo mais (+) para incluir a data de início e fim de cada emprego ou período de contribuição ao INSS.

O ideal é ter em mãos a carteira de trabalho, os carnês de contribuição e as guias de pagamentos. Após incluir todos os períodos trabalhados, é preciso clicar em "Simular" para ter o tempo total de contribuição, que também aparece em anos, meses e dias.

3) Tenha em mãos o extrato previdenciário

INSS 2 - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

No site Meu INSS, o segurado também tem acesso ao Cnis (Cadastro Nacional de Informações Sociais), que é um extrato previdenciário com os detalhes dos vínculos de trabalho e as contribuições mensais do segurado. Para ver o documento, é preciso clicar em ?Extrato Previdenciário (Cnis)", que é o terceiro item ao lado esquerdo da tela.

Basta clicar em um dos empregos listados para verificar as remunerações e as contribuições. Ao clicar em "Imprimir", um arquivo em PDF é gerado com o resumo dos vínculos, salários e contribuições que estão no sistema do INSS.

O advogado Roberto de Carvalho Santos, presidente do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários), diz que quem não conseguir acessar o Cnis pelo site, pode pedir o documento em uma agência do INSS. É preciso fazer um agendamento préviopelo telefone 135 ou pelo canal Meu INSS.

4) Preencha seus dados pessoais

Com a informação do tempo de contribuição e do Cnis, já é possível começar a simulação. Clique aqui para acessar o site em que é possível fazer os cálculos. Será necessário informar:

  • Nome
  • Data de nascimento
  • Sexo
  • Tipo de benefício que pretende pedir
  • Tempo de contribuição atual em anos, meses e dias

5) Informe os salários

INSS 6 - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução
No item "Salários de Contribuição", será preciso digitar os salários que recebeu desde julho de 1994. Para isso, basta olhar no Cnis quais foram as remunerações (para quem tem carteira assinada) ou salário de contribuição (para autônomos e facultativos, por exemplo).

No sistema, não é necessário digitar pontos ou vírgulas, mas é preciso incluir os centavos. Exemplo: para o valor 982,00, digite 98200. Também é preciso ter atenção na hora de preencher os salários. Dígitos a mais ou a menos podem modificar os cálculos e fazer o segurado ter uma noção errada de quanto receberá.

Se o salário é o mesmo por algum período, não é preciso digitar novamente em todos os quadros, basta preencher o primeiro e clicar no quadro ao lado para que o valor seja repetido. Portanto, o ideal é começar com os salários atuais para então preencher os mais antigos.

Ao clicar em simular, o segurado conseguirá ver, destacado em amarelo, o quanto deve receber ao se aposentar.

Sistema não considera regras específicas

Apesar de servir como base para o segurado, o sistema do INSS não considera algumas regras específicas. O simulador não calcula, por exemplo, a adição de tempo de contribuição para quem trabalhou em atividade prejudicial à saúde. Também não faz os cálculos da contribuição dos segurados que têm atividade múltipla. Nesses casos, o ideal é procurar um especialista para ter um cálculo exato.

Simulação pode ser boa hora para revisar contribuições

Além de saber o quanto irá ganhar, ao fazer a simulação no site do INSS, o segurado descobre quais períodos trabalhados estão no sistema do instituto. Isso quer dizer que, se o segurado percebeu que algum período em que ele trabalhou ou contribuiu não está no sistema, ele já saberá que terá que resolver a situação antes de se aposentar.

Segundo Santos, o segurado pode ir ao INSS resolver a pendência antes ou na hora de fazer o pedido de aposentadoria. A vantagem de resolver isso antes é que o segurado não corre o risco de esperar mais para ter o benefício.

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