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Caminhoneiros e governo negam que haverá nova paralisação da categoria

Flávio Costa e Leandro Prazeres

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

01/06/2018 16h18

O governo federal e lideranças de entidades que representam caminhoneiros de todo o país negaram nesta sexta-feira (1º) os boatos referentes a uma nova paralisação da categoria neste final de semana.

Nos últimos dias, mensagens de áudio e de texto circularam em grupos de WhatsApp dizendo que uma nova greve iria ocorrer a partir da 0h deste domingo (3).

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Pelo menos quatro áudios e uma mensagem de texto em tom de alerta circularam por grupos de Whatsapp nos últimos dias. Nos áudios, homens dizendo ser caminhoneiros estariam alertando outras pessoas sobre uma nova paralisação.

A razão da nova greve, segundo os áudios, seria o suposto veto do presidente Michel Temer (MDB) à redução de R$ 0,46 no preço do óleo diesel. A medida, no entanto, já está em vigor, segundo o governo

"Da nossa parte esse rumor não procede. Não estamos envolvidos em nenhuma nova paralisação seja no domingo, seja na segunda-feira", afirma a porta-voz da Abcam (Associação Brasileira de Caminhoneiros), Carolina Rangel.

"Nos grupos de WhatsApp que reúnem lideranças da categoria e que nós participamos não há nenhum movimento neste sentido", acrescenta.

"A greve dos caminhoneiros está resolvida. Nossa pauta de reivindicações foi atendida", afirma o diretor do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Ourinhos (SP), Ariovaldo Almeida Jr.

Ao site Paraná Portal, parceiro do UOL, representantes da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) e da UNC (União Nacional dos Caminhoneiros) também negaram que haverá nova paralisação.

Em entrevista a uma rádio, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que a possibilidade de uma nova paralisação de caminhoneiros não passa de boatos.

"Não existe uma articulação para refazer o movimento. Está se tentando criar uma clima de ansiedade, de preocupação e divulgando fatos infundados", afirmou Jungmann.

A greve dos caminhoneiros durou 11 dias e gerou uma crise desabastecimento de combustíveis e de alimentos em todo o país. O movimento foi encerrado na quinta-feira (31).