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Juro do rotativo do cartão sobe a 278,7%, e cheque especial cai para 303,2%

Do UOL, em São Paulo

26/10/2018 11h09

Os juros do rotativo do cartão de crédito subiram de agosto para setembro, mas caíram em relação a setembro do ano passado. Já as taxas do cheque especial caíram na comparação mensal e também na anual, mas ainda continuam num patamar elevado, acima de 300% ao ano. Para efeito de comparação, a taxa básica de juros do país (Selic) está em seu menor patamar histórico, a 6,5% ao ano.

Em média, os juros do rotativo passaram de 274% ao ano, em agosto, para 278,7% ao ano, em setembro. Em setembro de 2017, a taxa média era de 327,2% ao ano. 

No cheque especial, os juros caíram de 303,2% ao ano, em agosto, para 301,4% ao ano, em setembro. No mesmo mês do ano passado, era de 321,3% ao ano. 

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Banco Central. Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles (quem tem mais dinheiro no banco paga menos taxas).

Leia também:

Confira a variação das modalidades de crédito:

  • Rotativo do cartão de crédito: de 274% ao ano em agosto para 278,7% ao ano em setembro
  • Cartão de crédito parcelado: de 166,7% ao ano em agosto para 164,5% ao ano em setembro
  • Cheque especial: de 303,2% ao ano em agosto para 301,4% em setembro
  • Crédito pessoal não-consignado: de 121,4% ao ano em agosto para 122,2% em setembro
  • Crédito pessoal consignado: de 24,5% ao ano em agosto para 24,4% ao ano em setembro
  • Compra de veículos: mantida em 22,2% ao ano em setembro
  • Financiamento imobiliário: de 8% ao ano em agosto para 7,7% ao ano em setembro 

Mudanças no cheque especial

Desde julho deste ano, pessoas que usarem mais de 15% do limite do cheque especial por 30 dias seguidos devem ter acesso a uma linha de crédito mais barata para parcelar o valor.

A medida foi anunciada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em abril. A entidade diz que cada banco pode definir qual alternativa oferecer.

Novas regras do cartão 

Em relação ao uso do cartão, o consumidor só pode usar o rotativo por, no máximo, 30 dias. Após esse período, o banco deve apresentar uma proposta mais vantajosa para o cliente, como o crédito parcelado, no qual você define o número de prestações na hora da aquisição. Nesse caso, os juros são mais baixos que no rotativo, mas ainda assim altos.

Antes, se o consumidor não pagava o valor total da fatura do cartão de crédito, a dívida era jogada para o mês seguinte, por meio do chamado crédito rotativo. Isso acontecia mês a mês, sucessivamente, com a cobrança de juros sobre juros, transformando a dívida numa bola de neve. 

Rotativo do cartão de crédito

  • Para quem pagou o valor mínimo da fatura: 259,9% ao ano
  • alta na comparação com agosto (250,3%)
  • alta em relação a setembro de 2017 (227,2%)
  • Para quem não pagou nem o valor mínimo da fatura: 292,2% ao ano
  • alta na comparação com agosto (291,3%)
  • alta em relação a setembro de 2017 (391,1%)
  • Média (considera as duas opções acima): 278,7% ao ano
  • alta na comparação com agosto (274%)
  • queda em relação a setembro de 2017 (327,2%)
  • Parcelamento da fatura do cartão de crédito: 164,5% ao ano
  • queda na comparação com agosto (166,7%)
  • queda em relação a setembro de 2017 (165,3%)

Banco Central orienta sobre tipos de cartão

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