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Oposição rejeita acordo e vai obstruir votação da reforma na Câmara

Deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição - Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição Imagem: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

09/07/2019 14h35

Parlamentares de oposição rejeitaram hoje uma tentativa de acordo mediada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e afirmaram que vão usar todos os mecanismos regimentais de obstrução durante o debate da reforma da Previdência.

Mesmo com a resistência da minoria, a expectativa é que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) seja aprovada até o final desta semana.

Para que a tramitação seja concluída mais rápido, Maia sugeriu à oposição, em reunião com líderes, que substituíssem as tentativas de obstrução por uma longa sessão de debate. Dessa forma, cada deputado poderia ir à tribuna do plenário para se manifestar.

Assim, seria possível iniciar a votação do texto-base da reforma na madrugada de quarta. Os destaques ficariam para o dia seguinte.

O governo diz já ter os 308 votos necessários, mas a oposição afirma entender que isso seria um blefe.

A oposição avalia que, apesar da possível derrota iminente, não valeria a pena abrir mão da obstrução, uma estratégia legítima e avalizada pelo Regimento Interno. Com isso, a minoria buscará inverter alguns votos na tentativa de minimizar a robustez de uma possível vitória do governo.

Líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ) afirmou que a tática de obstrução fará com que deputados indecisos e mesmo alguns inclinados a votar favoravelmente à PEC compareçam ao plenário da Casa durante o prolongamento da discussão.

"Vamos usar a obstrução para debater o texto e votar contra a proposta", disse.

Entenda a proposta de reforma da Previdência em 10 pontos

UOL Notícias