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Saiba as regras de imigração para se aposentar em um lugar paradisíaco

Pedro Marques

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/08/2019 04h00

Aposentar-se em um lugar paradisíaco parece ser mesmo o sonho de muita gente. Depois que publicamos a reportagem "Paraísos no mundo para aposentado de classe média viver com R$ 6.000/mês", muitas pessoas ficaram com uma dúvida bem razoável: "Ok, eu tenho o dinheiro. Mas quais são os trâmites para conseguir um visto e morar em algum desses países?"

Na maioria dos casos, as notícias são boas, e muitos dos países listados não apresentam grandes burocracias para quem quer se aposentar por lá. Os casos mais complicados são Itália e Portugal, mas nada impossível. Veja abaixo o que deve ser feito, bem como o link para o site da embaixada ou representação oficial do país no Brasil, caso exista.

Camboja

Koh Rong Samloem, no Camboja Imagem: Reprodução/Gap Year Portugal

É o país mais fácil para quem quer se aposentar no exterior, pelo menos na questão do visto. Ao chegar, você precisa pagar uma taxa de US$ 35 (R$ 136, aproximadamente) e entregar duas fotos (tamanho passaporte) para obter um visto válido por um mês.

Uma vez dentro do país, basta pedir um visto com validade para um ano, que custa cerca de US$ 300 (R$ 1.167, mais ou menos) e permite que você trabalhe no país.

Para quem abre mão de luxos, é possível viver em cidades como Phnom Penh e Siem Reap com cerca de US$ 1.000 por mês (algo em torno de R$ 3.892).

O Camboja não tem representação diplomática no Brasil.

Colômbia

Medellín, na Colômbia Imagem: Getty Images

Medellín tem ganhado fama entre expatriados que pretendem se aposentar no exterior. Por causa disso, o governo colombiano mudou recentemente as regras para o visto para "pensionados" (aposentados, em espanhol). Até 2017, era necessário renovar o documento anualmente, mas agora ele tem validade de três anos.

Para obter o visto, é preciso comprovar rendimento mensal de cerca de R$ 2.800 e pagar uma taxa equivalente a R$ 1.000.

Embaixada da Colômbia no Brasil: https://brasil.embajada.gov.co/

Costa Rica

Praia de Manuel Antonio, na Costa Rica Imagem: Divulgação/Airbnb

Cidadãos de todas as nacionalidades podem pedir o visto de "pensionado", desde que comprovem rendimento mensal de US$ 1.000 (cerca de R$ 3.892). O documento precisa ser obtido antes de entrar no país e é válido por dois anos. Para renovação, é necessário comprovar ter morado no país da América Central por quatro meses por ano (continuamente ou não).

"Pensionados" não podem trabalhar nos três primeiros anos. Após esse período, é possível pedir o visto de residente permanente, que libera o trabalho em empresas costa-riquenhas.

Embaixada da República da Costa Rica: embcr.brasil@gmail.com ou conscr@gmail.com

Equador

Quito, no Equador Imagem: Ivan Abrahamsen_Creative Commons

Obter permissão para morar no Equador é relativamente simples: é preciso comprovar renda mensal de US$ 800 (cerca de R$ 3.113) e pagar uma taxa de US$ 550 (mais ou menos R$ 2.140).

Nos dois primeiros anos, é obrigatório viver por nove meses consecutivos no país, estando liberado para ficar fora por três meses. Não há restrição de permanência nos anos seguintes. Por causa da burocracia local, no entanto, pode valer a pena procurar um advogado local especialista em imigração.

Embaixada do Equador no Brasil: https://brasil.embajada.gob.ec/

Itália

Roma, na Itália Imagem: Getty Images/iStockphoto

Imagine desfrutar da comida e dos vinhos locais, além de poder visitar facilmente lugares como Roma, Milão e Florença. Não é exagero dizer que se aposentar na Itália é quase um sonho. Obter um visto para isso é possível, mas não é exatamente fácil.

Quem não tem direito à nacionalidade italiana pode tentar obter o visto de "residência eletiva". Ele é emitido para quem comprova ter rendimentos suficientes para se manter no país, ter alugado ou comprado uma residência e ter seguro de saúde internacional. Não há prazo para as autoridades tomarem uma decisão --pode levar meses.

Embaixada da Itália no Brasil: https://ambbrasilia.esteri.it/ambasciata_brasilia/pt/

México

Cancún, no México Imagem: Getty Images/iStockphoto

Praias paradisíacas e a proximidade com os Estados Unidos têm atraído cada vez mais aposentados para o país. As formalidades incluem comprovar renda mínima de US$ 1.500 (cerca de R$ 5.837) e prova de aposentadoria no país de origem, que dão direito ao visto de "immigrante rentista".

Quem quiser passar uma temporada mais curta, porém, pode solicitar o visto de "visitante rentista", que permite morar por até quatro anos no país. As exigências são renda de US$ 1.000 (cerca de R$ 3.892) e uma carta explicando o motivo da mudança.

Embaixada do México no Brasil: https://embamex.sre.gob.mx/brasil/index.php/servicios-consulares/visas

Panamá

Cidade do Panamá, no Panamá Imagem: Divulgação

Quem pretende curtir as praias panamenhas na aposentadoria não deverá encontrar grandes empecilhos. O país exige comprovação de renda mensal de US$ 1.000 (R$ 3.892) ou aposentadoria de US$ 750 (cerca de R$ 2.918) e investimento de US$ 100 mil (R$ 389 mil) em um imóvel no país.

Os aposentados panamenhos ainda têm uma série de benefícios, como desconto em passagens de avião, hotéis, restaurantes, médicos e hospitais.

Embaixada do Panamá no Brasil: www.panaembabrasil.com.br

Portugal

Praia do Camilo, no Algarve, em Portugal Imagem: samael334/Getty Images/iStockphoto

O país tem sido cada vez mais procurado por brasileiros, aposentados ou não. O lado bom é que Brasil e Portugal têm vários acordos, como a possibilidade de usar o sistema de saúde pública pagando o mesmo que os portugueses.

O visto para quem já parou de trabalhar é o D7 --para obtê-lo é preciso comprovar renda compatível e apresentar outros documentos. O visto, no entanto, tem validade de apenas quatro meses.

Uma vez instalado em Portugal, é preciso solicitar a Autorização de Residência Não Habitual, que precisará ser renovada anualmente, ao menos nos primeiros anos.

Embaixada de Portugal no Brasil: http://embaixadadeportugal.org.br/

República Dominicana

Punta Cana, na República Dominicana Imagem: Getty Images/iStockphoto

Com custo de vida bastante acessível, aposentar-se na República Dominicana é relativamente tranquilo. O primeiro passo é procurar a embaixada do país e verificar quais documentos são necessários. Os mais importantes são os comprovantes de renda (o país exige US$ 1.500, ou cerca de R$ 5.837 por mês).

Após emitir o visto, é preciso mudar-se em até 90 dias para o país. Só então é possível obter o status de residente temporário, que é renovado anualmente nos quatro primeiros anos. Depois desse período, é possível solicitar o visto de residente permanente.

Embaixada da República Dominicana no Brasil: http://www.republicadominicana.org.br/

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