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'Prévia da inflação' varia 0,14% em novembro; em 12 meses, vai a 2,67%

Do UOL, em São Paulo

22/11/2019 09h03

Resumo da notícia

  • IPCA-15 foi o menor para novembro em 21 anos, desde 1998
  • Alimentos e bebidas ficaram mais caros, puxados pelo preço da carne, que subiu 3,08%
  • Combustíveis também subiram
  • Por outro lado, gastos com habitação, como conta de luz, caíram

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), variou 0,14% em novembro, mostrando leve aceleração em relação à taxa de 0,09% registrada em outubro. Esse é o menor resultado para um mês de novembro em 21 anos, desde 1998, quando a taxa foi de -0,11%.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,83% e, em 12 meses, de 2,67%, abaixo dos 2,72% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2018, a taxa foi de 0,19%.

Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Carnes subiram 3,08%

De acordo com o órgão, alimentos e bebidas ficaram mais caros (+0,06%), após queda no índice de outubro (-0,25%).

As carnes subiram 3,08% e contribuíram com 0,08 p.p. no IPCA-15 de novembro. Por outro lado, destacam-se as quedas da cebola (-18,6%), do tomate (-8%), da batata-inglesa (-7,92%) e do leite longa vida (-1,67%).

Combustíveis mais caros

Também subiram os gastos com vestuário (0,68%), despesas pessoais (0,4%) e transportes (0,3%).

A gasolina e o etanol, que já haviam apresentado alta em outubro, aceleraram em novembro (de 0,76% e 0,52% em outubro para 0,8% e 2,53% em novembro, respectivamente). Os preços do óleo diesel (0,58%) e do gás veicular (0,1%) também subiram, levando o resultado dos combustíveis a uma alta de 1,07%.

Conta de luz mais barata

De acordo com o órgão, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três apresentaram deflação (queda nos preços), com destaque para Habitação (-0,22%), responsável pela maior contribuição negativa no IPCA-15 de novembro, com -0,04 ponto percentual (p.p.).

Esse resultado foi influenciado pela queda na conta de luz (-1,51%).

Taxa básica de juros

O cenário de inflação fraca mantém aberto o espaço para o Banco Central reduzir novamente a taxa básica de juros em sua última reunião, em dezembro, como já sinalizou que fará.

O BC cortou a taxa básica de juros, a Selic, pela terceira vez seguida em outubro, em 0,5 ponto percentual, a 5% ao ano. Depois de dezembro, a postura é de cautela em relação aos fatores que podem pressionar a inflação para cima.

Metodologia

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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