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Guedes pede serenidade e quer acordo por R$ 10 bi para combater coronavírus

Paulo Guedes, ministro da Economia - Daniel Resende/Futura Press/Estadão Conteúdo
Paulo Guedes, ministro da Economia Imagem: Daniel Resende/Futura Press/Estadão Conteúdo

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

12/03/2020 11h47Atualizada em 12/03/2020 13h22

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que o momento é de serenidade, após as disputas políticas entre governo e Congresso criarem uma despesa adicional de R$ 20 bilhões aos cofres públicos, com a ampliação do acesso ao BPC. Segundo ele, a crise já afeta os juros futuros, traz incertezas para o mercado e compromete o combate ao coronavírus.

Segundo Guedes, a crise começou com uma "disputa legítima", relacionada ao controle do orçamento, e "exacerbou" para medidas legislativas com impacto fiscal. Ele ainda declarou que o espaço fiscal que existia para medidas de combate ao coronavírus fica comprometido com a derrubada do veto.

"Era uma disputa legítima de recursos, pelo exercício do orçamento impositivo. Ela se exacerbou um pouco. O governo, de um lado, mandou sinais para o Congresso. O Congresso não gostou e devolveu aprovando isso, dizendo que podem fazer coisas que não são tão construtivas nesse momento. Mas rapidamente os dois lados perceberam isso e lançaram as pontes. O entendimento começa de novo e eu acho que vamos resolver isso", disse.

Guedes evita comentários sobre o dólar

Com a volta do diálogo entre governo e Congresso, Guedes disse que há a tentativa de um acordo para que R$ 5 bilhões de recursos que estavam em disputa no orçamento impositivo sejam destinados para ações emergenciais de combate ao coronavírus. E outros R$ 5 bilhões ficariam em um fundo de emergência.

O ministro evitou fazer comentários sobre o dólar. Questionado sobre declarações dadas semanas antes, de que o dólar poderia chegar a R$ 5 se besteiras fossem feitas, ele preferiu não polemizar.

"Eu não disse besteira do governo. Você se lembra que usei expressão diferente. Eu disse 'olha, se o presidente, se o ministro, se a oposição, se o Congresso'. É exatamente um sinal como esse", afirmou.

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