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Maia: Congelamento de salários pode ser discutido se governo enviar projeto

31.mar.2020 - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em coletiva sobre a crise do coronavírus - Cleia Viana/Câmara dos Deputados
31.mar.2020 - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em coletiva sobre a crise do coronavírus Imagem: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

13/04/2020 14h47

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou hoje que o congelamento de salários no serviço público por dois anos pode ser discutido, mas a proposta deve vir do governo federal, que também precisa dialogar com os partidos sobre a importância da medida.

"Se o governo encaminhar a proposta, é óbvio que vamos votar. Se o governo apresentar o congelamento [de salários], a minha posição vai ser de convergência, mas é preciso que o Executivo encaminhe a proposta para trabalhar junto às bancadas", disse Maia durante uma videoconferência promovida pela Abitrigo para debater a crise do coronavírus.

O deputado reforçou que o debate sobre a redução de salários no serviço público poderá ser retomado em outro momento, mas que "não dá para fazer demagogia" sobre o tema. Segundo ele, todos os poderes devem contribuir —e, para tanto, é necessária uma proposta unificada do Executivo, do Judiciário e do Legislativo.

Reabertura do comércio

Questionado se a Câmara pode atuar para acelerar a reabertura do comércio, Maia disse que não é papel do Legislativo resolver essa questão, mas sim garantir o isolamento social. Defendendo as orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde), ele acrescentou que a saída da crise deve ser pensada com diálogo entre o governo e a sociedade.

"Essa angústia é de todos nós e nos pressiona para uma decisão que parecer ser mais fácil. Mas se fizer errado, o caos vai ser muito maior. Muitos estados estão abrindo leitos, mas, como a velocidade do vírus é muito grande, a possibilidade do colapso é muito grande. Não cabe ao Congresso decidir sobe o isolamento, cabe respeitar a OMS e o Ministério da Saúde", respondeu.

*Com Agência Câmara de Notícias