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Weintraub rebate Maia sobre banco em que trabalhou ter quebrado: 'Mentira'

Abraham Weintraub anunciou sua saída do ministério da Educação  - Reuters
Abraham Weintraub anunciou sua saída do ministério da Educação Imagem: Reuters

Do UOL, em São Paulo

19/06/2020 07h42

O economista Abraham Weintraub, que anunciou ontem sua saída da chefia do ministério da Educação, usou as redes sociais para rebater o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que ironizou a ida dele para o Banco Mundial.

"Não sabem que ele trabalhou no Banco Votorantim, que quebrou em 2009", disse Maia em entrevista coletiva ontem.

Questionado por um seguidor sobre a fala do presidente da Câmara, Weintraub escreveu: "Não vou comentar. Digo apenas que o Banco Votorantim nunca quebrou e que existe até hoje. A afirmação dele é uma mentira. Tive a honra de trabalhar lá. Comecei como liquidante (boy) e cheguei a diretor estatutário. Fui economista chefe, ranqueado várias vezes no Top 5."

Weintraub foi economista-chefe e diretor do Banco Votorantim, além de CEO da Votorantim Corretora no Brasil e da Votorantim Securities no Estados Unidos e na Inglaterra.

Em uma outra postagem minutos depois, ele voltou a falar sobre o assunto: "Trabalhei no Votorantim por 18 anos. O Banco existe até hoje. Nunca quebrou! Atualmente invisto em títulos da dívida dessa instituição por acreditar em sua solidez e seriedade. Espalhar fake news sobre a solvência de uma instituição financeira é muito grave", declarou.

O governo brasileiro confirmou, em nota, que já indicou o economista para diretor-executivo do grupo de países que o Brasil lidera no Banco Mundial.

Weintraub anunciou ontem sua saída do MEC e se tornou o décimo ministro a deixar o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

A queda dele vinha sendo especulada desde que veio a público um vídeo de uma reunião ministerial realizada no dia 22 de abril. Na ocasião, o então ministro defendeu a prisão de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). "Eu, por mim, colocava esses vagabundos todos na cadeia. Começando pelo STF", declarou.