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Renato Camera, da GSK: Marcas com ponto de vista são mais respeitadas

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/07/2020 04h01

Renato Camera, diretor de marketing da área de cuidados com a saúde da GSK, é o entrevistado do podcast Mídia e Marketing, publicado nesta semana. Na entrevista, o executivo fala como sobre as diferenças de atuar na área de marketing de uma empresa farmacêutica e o desafio de ser criativo fazendo propaganda de medicamentos.

Camera também aborda como a inteligência de dados tem alterado a forma de fazer propaganda, que rompeu o 'status quo' da profissão. A unidade de negócios em que o executivo atua possui marcas como Eno, Centrum, Advil, Sonrisal e Cataflan.

"Atuamos com um time de quase 50 profissionais dentro do marketing. O processo de home office funcionou muito bem pra gente. Culturalmente, a pandemia forçou a gente a ser um pouco mais disciplinado nos processos de comunicação. Passamos, neste mês, a trabalhar com a [agência] Publicis, [depois de uma] concorrência feita durante a pandemia. O Brasil vai ser o único país que vai unir a área criativa com a mídia", explica (no arquivo acima, o trecho está a partir de 6:25).

Renato também aponta as diferenças (e semelhanças) de se trabalhar numa empresa farmacêutica.

"A construção de campanhas nesse ramo tem peculiaridades, principalmente pelos códigos de conduta. Mas, em aspectos criativos, não vejo grandes barreiras. O mundo dessa indústria tem evoluído muito. Temos que nos reinventar do ponto de vista de comunicação o tempo todo", declara (a partir de 9:59).

Sobre as mudanças na maneira de se fazer publicidade, o executivo é enfático. "A publicidade se tornou mais técnica exige novas competências do profissional, até mesmo para entender a jornada do consumidor. Isso não tira o charme da publicidade, mas quebra dogmas criativos do passado", afirma (a partir de 15:50).

Outro assunto abordado no papo foi o boicote das marcas ao Facebook e outras redes sociais no mês de julho. "As marcas têm um ponto de responsabilidade social. Além da obrigação de produtos com melhor qualidade, com preço justo, precisam falar sobre como podem diminuir discursos de ódio. Marcas que têm ponto de vista são mais respeitadas pelo consumidor brasileiro. O consumidor vem exigindo mais de empresas e marcas", diz (a partir de 22:12).